Processo de seleção

Presidente do Inep diz que datas do Enem devem ser mantidas

Em entrevista, Alexandre Lopes afirmou que as provas não serão adiadas por causa da pandemia do novo coronavírus; segundo ele, as condições de aplicação do processo seletivo são adequadas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Inep diz que está preparado para prova Exame Nacional do Ensino Médio em ambiente de pandemia
Inep diz que está preparado para prova Exame Nacional do Ensino Médio em ambiente de pandemia (Enem 2020)

BRASÍLIA - O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, disse ontem,7, que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deve ser mantido e que as provas não serão adiadas por causa da pandemia do novo coronavírus.O Enem 2020 será aplicado na versão impressa nos dias 17 e 24 de janeiro e, na versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro

“Nós nos preparamos para fazer uma prova em ambiente de pandemia”, afirmou Lopes, em entrevista à Agência Brasil. “Temos a segurança [de] que a prova deve ser feita e que as condições de aplicação são adequadas, são as que precisam ser tomadas." Lopes explicou que foram adotadas as medidas necessárias para a aplicação das provas.

Ele destacou o papel do Enem para o acesso de estudantes ao ensino superior e a estrutura de organização do Inep, que considera capaz de oferecer um ambiente seguro de aplicação do teste. “Há universidades que estão usando exclusivamente a nota do Enem como meio de acesso ao ensino superior, e isso é importante porque, em vez de o aluno sair de casa para fazer várias provas, ele sai para fazer o Enem. Dada a nossa capacidade de organização e o tamanho do Enem – são 5,8 milhões de pessoas inscritas este ano –, temos condições de oferecer um ambiente seguro de prova que, eventualmente, uma faculdade menor não conseguiria”, enfatizou.

O número de casos e de mortes por covid-19 vem aumentando no Brasil. De acordo com o Ministério da Sáude, ontem (6) foram notificadas 1.242 novas mortes. Foi o maior número diário desde 25 de agosto, quando foram registrados 1.271 óbitos. Ainda há 2.552 mortes em investigação. Até o momento, o Brasil contabiliza 198,9 mil mortes e 7,87 milhões de casos.

Nesse cenário, nas redes sociais, ganhou força o movimento #AdiaEnem, compartilhado por professores, estudantes, parlamentares e outros apoiadores. “#AdiaEnem é defender a vida das pessoas. O Brasil está se aproximando das 200 mil mortes pelo novo coronavírus. Não se pode brincar com a vida dos estudantes e de seus familiares”, diz, em publicação no Twitter, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

O exame, que estava inicialmente agendado para outubro e novembro do ano passado, foi adiado após uma série de protestos virtuais.

Medidas

O Inep anunciou, então, diversas medidas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, aumentando a quantidade de locais de prova e reduzindo o número de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Além disso, quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas desta ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

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