Cobrança

Deputado cobra plano de vacinação contra Covid-19 do governo do Estado

César Pires (PV) comparou a situação do Maranhão com o estado de São Paulo, que já dispõe de um plano concreto e criticou a postura de Flávio Dino

Ronaldo Rocha/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
César Pires solicitou à Secretaria de Saúde informações sobre plano estadual de vacinação contra a Covid-19
César Pires solicitou à Secretaria de Saúde informações sobre plano estadual de vacinação contra a Covid-19 (César Pires)

O deputado estadual César Pires (PV) encaminhou expediente à Secretaria de Estado da Saúde e cobrou do Governo a apresentação de um plano de vacinação contra a Covid-19 no Maranhão.

O parlamentar afirmou que apesar de ainda não haver uma vacina adquirida pela União, alguns estados já se organizaram apresentaram um cronograma de vacinação completo, a exemplo São Paulo.

César Pires afirmou que o governador Flávio Dino (PCdoB) tem apenas utilizado a mídia para se promover nacionalmente, sem que haja qualquer trabalho consistente no que diz respeito a um planejamento de vacinação no estado.

“Em busca de um espaço midiático e para acalentar o seu sonho de ser presidente da República, o governo ingressou com ação no STF pedindo autorização para que pudesse comprar as vacinas. Foi atendido, mas aí começou a angústia do Governo. Enquanto ele fica nesse espaço midiático, outros governos tomam medidas mais sérias, mais contundentes e mais pragmáticas”, disse.

Ele cobrou transparência da SES e detalhes do que se pretende fazer no Maranhão assim que a vacina for liberada pelo Governo Federal.

“São Paulo já apresentou o seu plano de ação, seu plano de trabalho, com vacinação de segunda a domingo, dias santos e feriados. Apresentou o plano de conservação das vacinas, que no caso deles, será a CoronaVac. e mostrou na reunião a secretários municipais de Saúde e aos seus prefeitos, como executar esse plano. E o Maranhão fica apenas no espaço midiático, sem dar resposta concreta ao povo do Maranhão”, completou.

Incoerência

Pires apontou incoerência no discurso do secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, sobre a disponibilidade de seringas e luvas para a aplicação das vacinas.

“O senhor secretário alardeia para querer conflitar junto ao governador, de que o Brasil não tem seringas nem luvas, mas que ele tem. Mas quando nós encaminhamos expediente para ele, perguntando qual era o plano de trabalho até agora ele não respondeu”, enfatizou.

“Quando nós sabemos que ele quem foi buscar a vacina Pfizer, segundo ele entrou em contato para a comercialização da vacina a organização empresarial disse que não houve esse contato para a compra. Não sou eu quem está falando, a organização deu nota. Mas nós queremos saber se uma vacina que precisa ter -70° para a sua conservação, como é a logística que o Governo do Estado vai executar para fazer essa conservação e consequentemente a distribuição. Ou seja, enquanto São Paulo tem um plano de ação, o Maranhão fica no campo midiático", finalizou.

Outro lado

O Estado entrou em contato com o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Comunicação, para obter uma resposta em relação ao plano de vacinação. Até o fechamento desta edição, contudo, não obteve resposta.

Mais

Na última quarta-feira o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello afirmou que a vacinação contra a Covid-19 no Brasil começará em janeiro. Ele também disse que o país exportará vacina para outros países da América Latina. A tendência é de que o Brasil inicie o processo de imunização com a vacina do laboratório Astrazeneca e da Universidade Oxford, a mesma que está em fabricação pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em São Luís, Prefeitura já tem plano de vacinação

Um dia depois de ter assumido o comando da Prefeitura de São Luís, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) se reuniu com os especialistas que estão à frente do Plano Municipal de Vacinação contra a Covid-19.

Na ocasião, Braide afirmou que, se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovar uma vacina contra a doença e o governo federal demorar na liberação, a Prefeitura de São Luís estuda meios para realizar a compra direta com os fornecedores.

"Teremos uma vacinação rápida e segura em São Luís, tão logo as vacinas sejam disponibilizadas", afirmou.

O programa de imunização na capital foi criado por um comitê especialista e já está pronto, segundo o prefeito. O programa também prevê a compra de seringas e as etapas de vacinação, começando pelos idosos maiores de 70 anos e os profissionais de saúde.

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