Estado Maior

Sinais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

Os sinais na base do governador Flávio Dino (PCdoB) demonstram que a disputa pelo governo em 2022 é mais forte do que a “tentativa” de Dino de contornar o
racha iniciado com o segundo turno da eleição em São Luís. O lançamento da candidatura ao comando da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) do prefeito de Caxias, Fábio Gentil (Republicanos), e a reação imediata do prefeito de Igarapé Grande e candidato à reeleição na entidade, Erlânio Xavier, é um destes sinais.

Gentil, claro, é o nome do vice-governador (e agora governador em exercício) Carlos Brandão (Republicanos), para a federação. Xavier é o nome do senador Weverton Rocha (PDT) para a Famem. Os apoiadores são nomes que disputarão em 2022 o governo estadual.

Ou seja, se o segundo turno na capital foi o primeiro confronto da guerra por 2022, a Famem parece ser a segunda batalha.

Nessa disputa toda, restam agora cerca de 10 dias (previstos) para que Flávio Dino organize a casa e evite o confronto ou que decida explicitar o racha em sua base de uma vez com sua reforma administrativa que possa desfavorecer o adversário de seu candidato ao governo do Maranhão daqui a dois anos que é Brandão.

Mais sinais
Outro sinal na base governista que demonstra que somente os diálogos não sanarão o racha é a antecipação de alianças de prefeitos eleitos ligados a nomes dos lados do racha.

A cidade de Timon é um exemplo. A prefeita Dinair Veloso (PSB), aliada do ex-prefeito Luciano Leitoa (PSB), é vista como muito próxima de Rubens Júnior (PCdoB).

Isto confronta, claro, os Leitoa, cujos interesses em 2022 são mais ligados aos planos de Weverton Rocha.

Negação I
Claro que os nomes envolvidos no caso Timon negam que haja problemas entre os ainda aliados.

Apesar de negarem desentendimentos internos, fica claro a cada dia que existem arestas a serem aparadas no grupo do governador de Dino.

Pelo jeito, só o governador que já colocou mais aliados, como Márcio Jerry, dentro do governo para contornar este novelo político.

Negação II
As reações negativas vem dos atores causadores do racha promovido em 2020. Eles negam qualquer ruído no grupo político do Palácio dos Leões.

À coluna, o senador Weverton Rocha (PDT), por exemplo, chamou de "fake" reportagens que colocavam o secretário Rubens Júnior (PCdoB) e a prefeita Dinair Veloso (PSB) no epicentro de crise em Timon.

O líder do Governo na Assembleia, Rafael Leitoa (PDT) também desmentiu a saída do primo, Luciano Leitoa (PSB) da base de apoio do governador.

Caminhos diferentes
Para justificar a informação, Rafael Leitoa corroborou com o fato de que a prefeita eleita de Timon (PSB), Dinair Veloso e ex-secretária de Educação de Luciano Leitoa na gestão anterior precisa do apoio do Estado em sua gestão.

Dinair, por sua vez, seria pressionada para apoiar Carlos Brandão (Republicanos) em 2022 por questões "familiares". Se isso ocorrer, ela e o "padrinho" político Luciano Leitoa devem seguir caminhos distintos.

Mudança
O MDB oficializou a saída do partido do bloco de oposição na Assembleia Legislativa. A legenda compunha o bloco com o PV de Adriano Sarney e César Pires.

Segundo o deputado Roberto Costa, presidente municipal do MDB, a ideia é que ele e os dois outros parlamentares da sigla (Arnaldo Melo e Socorro Waquim) passam a ser independentes.

Mas na prática, Costa vai consolidar sua posição que tem mais ligação com o Palácio dos Leões do que o MDB realmente deveria.

DE OLHO

R$ 57 MILHÕES É O VALOR que o governo Flávio Dino já recebeu de compensação das perdas pela Lei Kandir.

Mais mudanças
Além desta mudança no bloco de oposição, a previsão é de que com a saída do MDB cheguem dois nomes para compor com Adriano e César.

Wellington do Curso (PSDB) e Yglésio Moyses (Pros) devem fazer parte deste bloco contra o Palácio dos Leões.

Os dois deputados e também Adriano Sarney e César Pires estão em plena conversa para que todos aterrissem no PSD.

E MAIS

• Se as negociações se consolidarem, o PSD conseguirá ter uma bancada de quatro parlamentares e assim ser uma das mais fortes da Assembleia Legislativa.

• O vereador Marcial Lima (Podemos) foi escolhido o líder da gestão de Eduardo Braide (Podemos) na Câmara Municipal de São Luís.

• A indicação do parlamentar já era prevista nos bastidores da Prefeitura de São Luís, apesar do nome de Marcial ter sido cogitado como possível novo presidente da Câmara, o que não se concretizou.

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