Marcelo Albuquerque e Marcelo Neiva - pilotos de kart

Unidos pelo afeto e movidos pela velocidade

Pai e filho se apaixonaram pelo mesmo esporte e não abrem mão de continuar se superando e encarando novos desafios

Evandro Júnior/ Da equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Marcelo Neiva e Marcelo Albuquerque são apaixonados por kart
Marcelo Neiva e Marcelo Albuquerque são apaixonados por kart (Marcelo e Marcelinho )

São Luís - Eles estão sempre em sintonia e dividem a mesma paixão: a velocidade. Marcelo Albuquerque, analista de Sistemas, e o filho, Marcelo Neiva, que atua na mesma área, são pilotos de kart e campeões no esporte, ostentando troféus. O pai tem 48 anos e começou a praticar em 1996. O filho, por sua vez, passou a correr em novembro do ano passado, seguindo os passos do pai, e já é vencedor em duas categorias: F4 graduado e F4 novato. Este ano, os dois correram juntos no kartódromo João Salem, nas proximidades do Estádio Castelão.

Marcelo Albuquerque tem uma história antiga com o esporte. Na verdade, ele só deu um tempo das pistas em 2007, para tocar projetos pessoais que demandavam mais tempo. Voltou este ano, no mês de julho, e na primeira corrida foi o segundo colocado, ganhando, ainda, as três seguintes.

“Nesse esporte é preciso ter muito reflexo e, claro, coragem. Acredito que está no nosso sangue, pois meu filho também passou a gostar, como eu. Primeiro, ele me acompanhava nos eventos. Depois, começou a dar as primeiras aceleradas e não parou mais. Agora, ninguém segura ele”, afirma.

Paixão - O piloto apaixonou-se pelo esporte na segunda metade da década de 1980, quando o kart chegou ao Maranhão e as corridas eram realizadas no Anel Viário, próximo de onde ele morava, à época. “Aquilo me chamou a atenção e eu passei a acompanhar as corridas”, conta Marcelo Albuquerque, que tem dois karts e três motores.

O filho, Marcelinho, gostou tanto da modalidade que já se superou nas categorias graduado e novato, ficando à frente de pilotos mais experientes do que ele, surpreendendo amigos e o próprio pai. “Eu consegui 85% das pole positions. Destaco, aliás, o apoio que tive do também piloto Rômulo Campos, proprietário da RC Holding, que forneceu pneus e inscrições em todas as corridas das quais participei”, conta o piloto, que começou a acompanhar as corridas aos 4 anos de idade.

Além do esporte presencial, Marcelinho Neiva é campeão brasileiro de automobilismo virtual. No entanto, é nas pistas que ele revela suas maiores habilidades. No campeonato estadual deste ano, correu tão bem que chegaram a duvidar do equipamento que ele usava. “Questionaram se estava dentro dos padrões”, conta o esportista, que no começo do ano sofreu um acidente e embora não tenha ficado internado, teve uma luxação em uma das costelas.

Pai e filho são parceiros e gostam mesmo de velocidade e adrenalina. Além do kart, eles praticam corrida de rua. O pai chegou a participar de uma maratona em Buenos Aires, na Argentina. Os projetos do filho para 2021 são mais ousados do que os do pai: ele quer participar do Campeonato Brasileiro de Kart, esporte que, segundo Marcelo Albuquerque, está em franca ascensão no Brasil e no Maranhão, tendo como simpatizantes alguns famosos, como Michelle Bolsonaro.

O kartismo, talvez a mais barata de todas as modalidades do esporte motor, tem um custo elevado. Participar de uma temporada, dependendo do campeonato, pode chegar facilmente à casa dos R$ 50 mil. Conforme Marcelo Albuquerque, é preciso investir na compra de um kart, lugar onde guardá-lo, um reboque para transportá-lo, arcar com os custos de motor, pneus, preparação, peças de reposição, um mecânico e por aí vai. “Se quiser ser realmente competitivo, seu foco terá de ser a pilotagem, não os bastidores. E tudo isso sai caro”, diz.

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