Pergentino Holanda

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

35 anos do Natal Luz

Um dos mais tradicionais eventos do país ganha homenagem em um livro com 156 páginas: 35 Anos do Natal Luz é assinado por Cleiton Thiele, fotógrafo oficial do Natal Luz de Gramado, no Rio Grande do Sul, há 12 anos. Além de imagens selecionadas do grande evento que testemunhei algumas vezes, o volume traz fotos dos principais pontos turísticos de Gramado. Dica para quem interessar possa: 35 Anos do Natal Luz pode ser adquirido por R$ 89 nas lojas do Mundo a Vapor em Gramado e Canela

DÉIA e Luiz Campos Paes formam um casal de grande charme de nossa sociedade. Ficaram ausentes das festas da virada, por pura precaução e por estarem com hóspedes em casa
DÉIA e Luiz Campos Paes formam um casal de grande charme de nossa sociedade. Ficaram ausentes das festas da virada, por pura precaução e por estarem com hóspedes em casa

Novos gestores
Marcada para esta sexta-feira, a posse de prefeitos e prefeitas eleitos para comandar os 217 municípios do Maranhão pelos próximos quatro anos terá como pano de fundo o agravamento da pandemia, o desafio de superar a crise social e econômica e as incertezas em relação ao futuro.
Se em 1º de janeiro de 2017 a principal preocupação era pagar salários de servidores em dia, dessa vez os motivos de angústia vão mais além, da vacinação em massa à crescente demanda por serviços públicos.
Quem se prepara para assumir o cargo já percebeu, antes mesmo da virada do ano, que a missão a ser empreendida exigirá mais do que boa vontade.
As dificuldades começaram na transição, mais curta do que de costume, e, ao que tudo indica, os novos gestores vão iniciar o trabalho no pico da pandemia. Não vai dar nem para curtir o momento. Eles terão de tomar decisões importantes de imediato, no olho do furacão.

Finanças
“Os municípios precisam se unir para reduzir custos”, diz especialista em políticas públicas. O economista Gustavo Fernandes, professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo também prevê um cenário problemático na largada dos mandatos.
“Vivemos uma crise severa, com trajetória de arrecadação ainda incerta, e uma pressão muito forte sobre os serviços de saúde. Na primeira onda do coronavírus, fizemos um esforço razoavelmente grande de enfrentamento. Agora, vivemos a segunda onda, de dimensão igual ou maior, e estamos fazendo muito pouco. Isso, sem dúvida, vai ter reflexos em 2021” – avalia Fernandes.

Saúde
O novo período deverá se apresentar, ao menos nos primeiros meses, como “uma continuidade do que estamos vivendo hoje”, mas com agravantes.
Na saúde, os próximos gestores terão de lidar com dois problemas iminentes: a piora da covid-19 e um volume gigantesco de procedimentos eletivos (não urgentes) represados, estimados em mais de um bilhão no país pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
“São consultas de rotina, exames e cirurgias em quantidade absurda. Essa demanda precisará ser atendida. Quanto mais se posterga esses procedimentos, mais as doenças avançam e maior é o impacto no sistema” – adverte Fernandes.

Imunização
Outro alvo de aflição, com possíveis desdobramentos no início das novas gestões, será a imunização contra o coronavírus, que, por enquanto, segue envolta em dúvidas.
Em setores como assistência social, cuja importância cresce com o avanço dos desempregados, e educação, diretamente afetada pela epidemia, não será diferente.
Os mandatários terão de se desdobrar para dar conta das demandas.

TRIVIAL VARIADO

Eduardo Braide assume a prefeitura de São Luís neste dia 1º com desafios enormes – alguns urgentes, outros de longo prazo. Entre as emergências, claro, está a vacina: se o Brasil já está atrasado, qualquer capital que dormir no ponto – seja por complicações políticas ou logísticas – vai amargar o atraso do atraso.

Nesse quesito, Eduardo Braide dará um belo pontapé inicial se São Luís embarcar no primeiro trem da vacina.

Ao lado da Saúde e da Educação, o transporte compõe a lista das três prioridades da gestão de Eduardo Braide na prefeitura da Capital, que começa hoje.

O prefeito Edivaldo Holanda Jr. estuda caminhos a seguir depois que deixar a prefeitura da Capital. Uma certeza: não abandonará a política.

Em vez de reclamar da herança maldita ou culpar os governos federal e estadual pela falta de recursos, os novos prefeitos que hoje tomam posse devem cobrar, de forma organizada, soluções para os problemas regionais.

No capítulo: setores como o tratamento de esgoto e a iluminação pública, que exigem investimentos de vulto, podem ser resolvidos em parcerias com o setor privado.

Numa perspectiva de matriz africana, o ano que chega será regido por Oxum, Oxalá e Iemanjá. Espero que possamos enxergar belezas no presente, para construir nossos futuros, seja pela vidência, seja pela literatura.

O que as cartas dizem sobre o próximo ano? Ainda não sei, vou perguntar aos videntes e cartomantes. Feliz 2021!

DE RELANCE

Começa tudo do zero
A partir de hoje, novos prefeitos vão tomar posse. E, além do desafio de assumir os municípios em meio à pandemia da Covid-19, os gestores devem decidir se vão dar continuidade aos programas sociais, políticas públicas e obras que a gestão anterior deixou. A regra que costuma imperar é de que os feitos do mandatário anterior, principalmente se for de um partido da oposição, devem ser interrompidos. O que prevalece, segundo especialistas, é o jogo político. Começa-se tudo do zero.

Começa tudo do zero... 2
Há, no entanto, cientistas políticos que destacam que a descontinuidade administrativa é um dos males da administração pública brasileira, das prefeituras até a União. E avaliam: “Aquele governante que acabou de ser eleito, ao invés de concluir as obras passadas, prefere iniciar as suas próprias, porque ele acha que iniciando as suas obras, as mesmas terão a sua marca. É uma questão política, mas que prejudica profundamente os cidadãos”.

Começa tudo do zero... 3
Segundo os cientistas políticos e os advogados especialistas em direito público, há várias explicações para que programas sociais considerados positivos pela população sejam interrompidos quando um novo gestor assume o cargo. “A vontade desse novo gestor eleito trazer programas que tenham o seu carimbo, o seu nome, alguma forma de fazer com que as pessoas lembrem especificamente de sua figura enquanto detentora deste cargo eletivo”, citam.

Começa tudo do zero... 4
No entanto, há casos em que a ausência de recursos financeiros permita a continuidade. O fim do Auxílio Emergencial, embora este não seja uma política pública a nível municipal, é o exemplo de um programa social que não deve continuar devido ao impacto fiscal que teria aos cofres públicos federais.

Começa tudo do zero... 5
Essa mesma corrente avalia ainda que a descontinuidade de boas políticas públicas por interesses políticos é ruim para a população e, sobretudo, para os beneficiários de tais iniciativas. E dá um conselho para os gestores que hoje vão tomar posse. Que lembrem que eles vão e a prefeitura, o município fica, e que os cidadãos vão continuar precisando daqueles recursos e programas que são bons. Ter essa noção de que há uma continuidade com ou sem ele é muito importante.

Começa tudo do zero... 6
Deus queira que tenhamos a situação do coronavírus amenizada até o início do calendário escolar de 2021. Os novos gestores vão precisar resgatar o tempo perdido, o que envolverá aulas presenciais aos sábados e aos feriados. Isso vai exigir mais transporte escolar, mais merenda, mais horas-aulas pagas a professores e a funcionários. Sem contar que terão de investir mais em equipamentos tecnológicos, porque o ensino híbrido veio para ficar. E tudo isso exigirá dinheiro em caixa.

Começa tudo do zero... 7
Ainda que, em 2020, graças ao socorro da União, boa parte das prefeituras tenha fechado as contas em dia, em situação melhor do que na última troca de governo, a necessidade de recursos tende a ser maior em 2021. Também há dúvidas sobre o futuro da economia, que impacta diretamente na arrecadação. Enfrentar os desafios vai requerer capacidade de gestão, montagem de equipes pequenas e muito qualificadas e definição precisa do que deve ser prioridade no primeiro ano

Retomada de moradias
No Brasil, as obras paralisadas em habitação atingem a marca de 150 mil moradias. Desse total, 100 mil são da faixa 1 e 1/5 do programa Minha Casa Minha Vida. O número consta em panorama divulgado recentemente pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Apesar disso, a Pasta garante a retomada dos projetos nos pequenos municípios brasileiros. Segundo o ministro Rogério Marinho, a ideia é que em 2021 essas obras sejam retomadas, levando em conta que muitas famílias se cadastraram para receber uma moradia e estão na expectativa de realizar o sonho da casa própria.

Para escrever na pedra:
“Aqueles que pretendem encontrar a alegria fora de si, facilmente encontram o vazio”. De Santo Agostinho.

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