Economia

Crédito mantém negócios e fomenta oportunidades durante a pandemia

Linhas de crédito FNE Emergencial e Pronampe, do Banco do Nordeste, foram fundamental na recuperação e preservação de segmentos econômicos afetados pelo novo coronavírus

Ribamar Cunha/ Editor de Economia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Empresária Nathalia Silva Soares, há 12 anos no mercado, dirigindo a Central das Latarias
Empresária Nathalia Silva Soares, há 12 anos no mercado, dirigindo a Central das Latarias (Empresária Nathalia Silva Soares, há 12 anos no mercado, dirigindo a Central das Latarias)

SÃO LUÍS - A pandemia do novo coronavírus preocupa do ponto de vista sanitário, mas também traz outro agravante: afeta a economia. Essa é uma realidade que se viu por todas as regiões do Brasil, especialmente no primeiro semestre, pico da doença no país, quando houve rígida quarentena e suspensão das atividades econômicas. Nesse período, segundo dados da Junta Comercial do Maranhão (Juema), mais de cinco mil empresas fecharam as portas no estado, a maioria, influenciada pela pandemia.

De grande, média a pequenas empresas, ninguém foi imune ao impacto da Covid-19. Mas, os empreendedores, no momento crucial da pandemia, quando estavam preocupados com seus negócios e o futuro de seus empregados, como é o caso da empresária Nathalia Silva Soares, há 12 anos no mercado, dirigindo a Central das Latarias, especializada em peças de reposição para veículos, localizada na Avenida Guajajaras, um dos mais fortes corredores de comércio de São Luís, capital do Maranhão.

Nathalia Silva Soares, como outros empreendedores, foi pega de surpresa com a medida de suspensão das atividades econômicas, anunciada pelo Governo do Maranhão, como forma de evitar a propagação do novo coronavírus. De sua equipe de empregados, teve que demitir três, e a possível falência da empresa já lhe tirava o sono.

A situação de incerteza de Nathalia Silva Soares era igual a de milhares de empresários em todo o país. E no momento dessa nuvem negra que pairou na economia, uma luz no fim do túnel se acendeu, quando o Governo Federal acenou com linhas de crédito para apoiar os empreendedores de todos os portes, especialmente os pequenos negócios, nesse momento de grandes dificuldades.

Oportunidade

O tino empreendedor de Nathalia Silva Soares falou mais alto e ela vislumbrou uma oportunidade de superar essa adversidade imposta pela pandemia. Tão logo tomou conhecimento das linhas de crédito, procurou sua agência de relacionamento do Banco do Nordeste, em São Luís, em busca de financiamento. Diferentemente de milhares de empreendedores espalhados pelo país que informaram ter dificuldade para acesso ao crédito emergencial, Nathalia Silva disse que obteve os recursos de forma rápida. “Como eu já tinha um relacionamento como Banco do Nordeste, consegui facilmente crédito no valor de R$ 100 mil”, ressaltou.

O crédito obtido pela empresária tinha como fonte o FNE Emergencial. Foi a partir desse fomento propiciado pelo Banco do Nordeste que a empresária deu uma guinada em seu negócio, com inovação e empreendedorismo. A Central das Latarias cresceu na área de varejo, a partir da diversificação dos produtos e agora focada em serviços, atendendo a demanda de clientes de São Luís e do interior do estado.

E além de se manter ativa, não entrando nas estatísticas das mais de cinco mil empresas que fecharam as portas durante o pico da pandemia no estado, a Central das Latarias soube utilizar o crédito, de forma orientada, se reposicionando no mercado como uma empresa de soluções para o cliente e não apenas uma revenda de peças. E ainda com a boa notícia de ter contratado três novos empregados para compor a equipe.

Resíduos tecnológicos

Com atuação na compra de sucata de materiais de informática, eletroeletrônicos, sobras industriais e sucatas diversas, e reconhecida pelo trabalho sustentável, GRD Gestão de Resíduos Tecnológicos, instalada também em São Luís, no bairro Cidade Operária, foi outra empresa que teve que se adequar aos efeitos da crise do novo coronavírus.

O empresário Gervásio Serva disse que de um modo geral a pandemia afetou não somente as finanças das empresas como também o psicológico dos empreendedores. E que no caso da GRD, a ajuda que conseguiu da linha de crédito emergencial foi fundamental para o seu negócio, evitando demissões e que as atividades não parassem.

A exemplo de Nathalia Silva Soares, Central das Latarias, Gervásio Serva conseguiu contratar R$ 100 mil do FNE Emergencial do Banco do Nordeste. “O crédito disponibilizado pelo BNB, além da facilidade, se encaixou à nossa necessidade”, assinalou o empresário, que tem como meta aumentar ainda mais a produção e o reaproveitamento do lixo eletrônico, gerando emprego e renda, e preservando o meio ambiente.

BNB preservou negócios

Com uma taxa de 2,5% ao ano e possibilidade de carência até 31 de dezembro deste ano, o Banco do Nordeste foi autorizado pelo Governo Federal, a partir de abril, a contratar operações no âmbito do FNE Emergencial e Pronampe, chegando ao fim de 2020 a aplicar cerca de R$ 310 milhões, totalizando 17,7 mil operações em apoio a micro, pequenas e médias empresas, como também ao segmento informal e a microempreendedores individuais (MEIs).

Em momentos como esse de incertezas e de grave crise econômica, é natural que as instituições financeiras retraiam o crédito pelo risco do negócio. Mas o Banco do Nordeste como fomentador do desenvolvimento deu as mãos a quem mais precisava, a exemplo das empresas Central das Latarias e GRD Gestão de Resíduos Tecnológicos.

Segundo o superintendente Regional do Banco do Nordeste no Maranhão, Danivan Borges Lacerda, ressaltou que todo o esforço empreendido pela instituição financeira para preservar negócios e manter empregos durante a pandemia, acabou por contribuir para crescimento de 23% no volume de recursos totais aplicados este ano no estado, em comparação a 2019.

“Devemos chegar a R$ 4,5 bilhões em aplicações globais este ano no Maranhão, motivo de orgulho para o banco por ter se colocado à disposição da sociedade frente a um cenário totalmente adverso como está sendo 2020”, destacou Danivan Borges Lacerda.

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