Economia

MA: mercado de trabalho reage e cria 23.447 vagas em meio à pandemia

Durante o pico de infecções pelo novo coronavírus no estado, 9.709 postos de trabalho foram eliminados; com a flexibilização das atividades econômicas, a partir de junho, a oferta de emprego formal voltou a aquecer

Ribamar Cunha/Editor de Economia

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
O mercado de trabalho maranhense registra saldo positivo de empregos com carteira assinada, segundo o Novo Caged
O mercado de trabalho maranhense registra saldo positivo de empregos com carteira assinada, segundo o Novo Caged (Divulgação)

SÃO LUÍS - Em meio à pandemia do novo coronavírus, em que as atividades econômicas foram fortemente impactadas, com fechamento de empresas e demissões, o mercado de trabalho maranhense conseguiu reagir e no acumulado até novembro registra saldo positivo de 23.447 empregos formais (com carteira assinada), aumento de 4,88%.

O Painel de Informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostra que de janeiro a novembro, em apenas três meses – março, abril e maio -, justamente o período mais forte da pandemia no Maranhão, houve saldo negativo, com a eliminação de 9.709 postos de trabalho com carteira assinada.

Mas a partir de junho, com a flexibilização das atividades econômicas, o nível de oferta de emprego formal voltou a aquecer e desde então os saldos mensais têm sido positivos. O último dado do Novo Caged, referente a novembro, apresentou a criação de 4.187 vagas no estado.

No acumulado do ano, os segmentos mais geraram emprego no estado foram Serviços (8.228 vagas), Comércio (5.873) e Construção Civil (5.136). Em seguida, a Indústria contribuiu com a abertura de 2.367 novas vagas e a Agropecuária, com 1.663.

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio/MA), do total de 5.873 postos de trabalho com carteira assinada criados pelo setor de comércio até novembro, 5.365 vagas (91% dos postos criados) foram abertas somente no setor de varejo de produtos alimentícios (supermercados e hipermercados), reflexo da chegada de novas redes de varejo ao estado e ao projeto de expansão da rede local.

Já no setor de Serviços, das 8.228 vagas criadas no ano, somente o setor de Saúde foi responsável pelo saldo de 5.606 postos, o que equivale a 68% do total, reflexo da necessidade do segmento em reforçar o atendimento aos pacientes da Covid-19.

Ainda segundo a Fecomércio/MA, o segmento de Serviços também se destacou nas atividades de Limpeza em Edifícios, que gerou 1.208 postos de trabalho (15%) no mesmo período, influenciado pelo aumento da permanência das pessoas em casa durante o período de isolamento social mais rígido.

Preservação de empregos

Se por um lado foram criados novos postos de trabalho, por outro, milhares de empregos foram preservados no Maranhão a partir da adesão de empresas à Medida Provisória (MP) nº 936/2020, que criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), permitindo provisoriamente a redução de salários e jornadas e suspensão de contratos de trabalho durante a pandemia da Covid-19.

Desde que a MP 396 começou a vigorar, em abril deste ano, 19.935 empregadores no estado formalizaram até o mês de novembro o total de 199.019 acordos de redução de salários e jornadas e de suspensão de contratos de trabalho, preservando o emprego de 116.199 trabalhadores.

De acordo com os dados do Painel de Informações do BEm, do Ministério da Economia, dos 199.019 acordos celebrados no Maranhão, 89.027 corresponderam à suspensão de contrato de trabalho e 106.441 à redução de salários e jornadas (25%, 50% ou 70%), além da formalização de 3.551 contratos intermitentes (que permite uma empresa admitir um funcionário para trabalhar eventualmente e o remunere pelo período de execução desse ofício).

No Maranhão, o setor de Serviços foi o que mais formalizou acordos, totalizando 94.851, seguido do Comércio, com 82.758. Em seguida, vêm as atividades da Indústria (11.192 acordos), Construção Civil (9.224) e Agropecuária (352). Também há o registro de 572 acordos firmados, mas com segmento não informado.

Números

23.447 postos de trabalho com carteira assinada foram gerados no período de janeiro a novembro deste ano, no Maranhão

8.228 vagas de trabalho formal foram criadas pelo setor de Serviços este ano no Maranhão, de acordo com dados do Novo Caged

19.935 empregadores no estado do Maranhão aderiram ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm)

199.019 acordos de redução de salários e jornadas e de suspensão de contratos de trabalho formalizados no estado, segundo o Painel BEm

116.199 trabalhadores com empregos preservados com acordos de redução de salários e jornadas e suspensão de contratos de trabalho

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