Reconciliação?

Dino admite racha no grupo e diz que trabalha para recompor aliados

Governador falou sobre o tema no quadro ''Bastidores'' do Bom Dia Mirante; Flávio Dino também assegurou candidatura em 2022, mas não disse qual cargo

Ronaldo Rocha/Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Flávio Dino, durante entrevista no Bom Dia Mirante, reafirmou que deixa o governo estadual em abril de 2022
Flávio Dino, durante entrevista no Bom Dia Mirante, reafirmou que deixa o governo estadual em abril de 2022 (Flávio Dino)

O governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou em entrevista ao jornalista Clóvis Cabalau, do quadro ‘Bastidores’ na edição de ontem do Bom Dia Mirante, da TV Mirante, que iniciou conversas com lideranças do seu grupo político para reparar o racha provocado na ocasião da disputa do segundo turno na eleição municipal deste ano.

Ele classificou a crise como um “episódio”, admitiu “casa dividida” e revelou que trabalha para que haja unidade entre partidos e líderes, e evitar uma nova derrota eleitoral em 2022, quando estarão em disputa o Governo do Estado, o Senado Federal, vagas na Câmara Federal e a Presidência da República. O objetivo, segundo Dino, é deixar a “casa arrumada”.

Ao falar do racha na eleição municipal de 2020, o governador tratou especificamente da adesão do PDT e do DEM à candidatura de Eduardo Braide (Podemos), prefeito eleito, contra o candidato do Palácio dos Leões Duarte Júnior (Republicanos), derrotado no segundo turno.

“Eu considero que foi um episódio numa trajetória exitosa de manutenção desta aliança. Episódio este que evidentemente não gostaria que tivesse ocorrido. Lamentavelmente ocorreu e isso determinou em larga medida o resultado eleitoral. Casa dividida não consegue, naturalmente, prosperar. Foi o que vimos na cena eleitoral de São Luís”, disse.

Recomposição

Dino afirmou tem aproveitado o fim do ano para tentar recompor o grupo, com foco em 2022. “Então eu estou fazendo um esforço agora de diálogo com todos os partidos que nos apoiam para manter o máximo possível essa aliança unida. Eu estou exatamente tratando disso neste final de ano, começo do ano de 2021 e o nosso objetivo sempre é a união. Independentemente disto, do que se passou na eleição, nós temos uma agenda administrativa a cumprir, que é vital e ao mesmo tempo eu quero registrar mais uma vez o que disse na noite da eleição aos 217 municípios do Maranhão: a nossa relação é sempre baseada na lei, na legalidade. Então, independentemente de resultados eleitorais, vou manter trabalho em todas as cidades do Maranhão, como temos feito, porque este é o certo”, completou.

Ao ser perguntado sobre a disputa interna no próprio grupo, de pré-candidatos ao Governo do Estado na ocasião de sua sucessão [Weverton Rocha e Carlos Brandão duelam], Dino disse que no momento, não enxerga esse movimento como um problema.

“De partida, considerando hoje ainda o ano de 2020 e início de 2021, não é um problema, é uma solução, se houver um pacto de união e todos cumprirem. Então, eu não vejo como um problema termos várias pré-candidaturas porque significa dinamismo, significa força do nosso grupo. Agora é preciso que haja essa pactuação e que todos e todas coloquem as suas pré-candidaturas, mas que mais adiante tenham maturidade para ceder. Qualquer relação humana, na verdade, só se mantém quando as pessoas têm capacidade de fazer concessões”, disse.

E completou: “Este é o caminho, eu tenho atuado nesta perspectiva e acho que em 2021 eu vou conseguir pactuar tudo isto, porque provavelmente em 2022 eu devo concorrer às eleições e por imperativos legais devo deixar o governo no mês de abril de 2022. Temos uma longa estrada até lá, são 15 meses e a minha intenção é deixar tudo pactuado no que se refere a governo, vice-governador, Senado, chapas de deputado federal ao longo do ano de 2021, para que a gente entre o ano de 22 com a casa arrumada e colha novamente resultados favoráveis”, finalizou.

MA: existe possibilidade de duas vacinas contra o Covid-19

Durante a entrevista ao jornalista Clóvis Cabalau, o governador Flávio Dino (PCdoB) admitiu que a sua gestão trabalha com a perspectiva de aquisição de uma das duas vacinas contra o Covid-19: a chinesa CoronaVac, desenvolvida pelo Butantan e a AstraZeneca desenvolvida pela Fiocruz.

Ele afirmou que já dispõe de prerrogativa de compra de qualquer vacina contra o vírus, inclusive no mercado internacional, caso Plano Nacional de Vacinação não avance, mas ponderou que o Executivo aguardará posicionamento do Governo Federal.

“Num caso ou no outro, ou seja, via plano nacional ou mesmo um plano estadual de vacinação, eu particularmente acredito que a evolução mais nítida se dará a partir de hoje [ontem] quando o Butantan entregará a documentação final à Anvisa. Eu quero crer que estas duas vacinas, ou seja, a CoronaVac e a AstraZeneca são as bases reais de um plano nacional no Brasil e também, claro, num plano estadual de vacinação”, enfatizou.

Ele também falou que, independentemente do cenário nacional em 2021, o Governo do Maranhão vai manter medidas sociais e investimentos efetivados este ano em decorrência da pandemia do Covid-19.

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