Infrações

Via Expressa ainda não dispõe de aparelhos de fiscalização eletrônica

Avenida não possui radares para inibir as infrações, principalmente a ocorrência de retorno proibido e velocidade acima da permitida

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Sem fiscalização eletrônica, infrações no trânsito, na Via Expressa, se tornam comuns no dia a dia
Sem fiscalização eletrônica, infrações no trânsito, na Via Expressa, se tornam comuns no dia a dia (Via Expressa)

São Luís - Equipamentos de fiscalização eletrônica ainda não foram instalados ao longo da Via Expressa. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), o objetivo dos novos equipamentos é reduzir acidentes causados pelo excesso de velocidade, garantindo um tráfego urbano mais seguro para condutores e pedestres.

Neste semestre foi firmado um convênio entre a SMTT e o Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA) que garantia a instalação de equipamentos de fiscalização na Via Expressa, nas avenidas Holandeses, Litorânea, Jerônimo de Albuquerque e Guajajaras.

O acordo da SMTT e o Detran ainda destaca que a velocidade limite marcada nos equipamentos será de 60 km/h, e serão diversos dispositivos em pontos estratégicos nas vias, funcionando 24h por dia. No decorrer dos primeiros 30 dias, os radares estarão em fase de testes e não haverá autuações e multas aos condutores imprudentes.

Sem fiscalização
Já foram instalados fotossensores nas avenidas Holandeses, Litorânea, Jerônimo de Albuquerque e Guajajaras, mas na Via Expressa, até ontem, 22, não havia equipamentos de fiscalização eletrônica.

Sem fiscalização, era possível observar vários condutores realizando infrações de trânsito, principalmente retorno proibido. “É comum motoristas fazerem retorno irregular nessa via e provocar colisões”, disse a moradora Joana Silva, de 34 anos.

O outro morador, Antônio Júlio Marques, de 56 anos, lembrou que os veículos, inclusive, carretas, passam pela via em alta velocidade. “Temos ciência que essa estrada é de trânsito rápido, mas há motoristas que abusam e transitam muito veloz”, comentou.

Márcia Martins, de 39 anos, disse que é comum ocorrer acidentes nesse local e a atenção é redobrada no momento em que vão atravessar a via. “Não há um dia em que não presenciamos colisões entre carros e motocicletas”, frisou a moradora.

Para Cristiane Melo, de 45 anos, seria importante instalar equipamentos de fiscalização eletrônica, para poder inibir as infrações de trânsito na via. “Os motoristas sabendo que há radares na estrada, então vão ter cautela na hora de fazer alguma infração”, afirmou a moradora.

Litorânea
Na avenida Litorânea mesmo havendo o equipamento de fiscalização eletrônica ainda é possível observar motoristas trafegando em velocidade acima da permitida. José Cícero, o JC, que possui um ponto comercial na localidade, disse que há carros, que transitam com velocidade acima de 150 km/h. “O veículo passa com uma velocidade muito alta e não conseguimos nem observar a placa, principalmente no trecho da Praia de São Marcos”, contou JC.

Ainda de acordo com ele, não há dia, nem hora para observar os carros transitando nesse ponto da cidade com velocidade incompatível com a permitida, e acrescentou que existe a necessidade de fiscalização mais rígida dos órgãos competentes. “Eles sabem que há radares, mas, mesmo assim, transitam nessa via em alta velocidade”, afirmou.

A vendedora ambulante Ana Cláudia Vaz, de 45 anos, disse que já presenciou acidentes de trânsito na Litorânea, principalmente durante o fim de semana, no período da noite. “Olhei um veículo subindo o canteiro e até capotando no meio da via, mas o motorista não morreu, mas sofreu vários cortes pelo corpo”, ressaltou Ana Cláudia.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís para saber informações sobre a instalação dos radares na capital e sobre os casos de multas na Litorânea, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

SAIBA MAIS

Foi no fim do ano de 2017 a Prefeitura de São Luís reimplantou o novo sistema de fiscalização eletrônica na cidade, monitorado pela SMTT, com o propósito de garantir maior segurança a motoristas e pedestres, além de organizar e controlar o trânsito nas vias. Os novos fotossensores fazem a observação de ultrapassagem da velocidade permitida e o avanço do sinal vermelho nos pontos das vias Daniel de La Touche, Colares Moreira, Castelo Branco, São Luís Rei de França, Carlos Cunha e Jerônimo de Albuquerque, nas proximidades da Forquilha. Nesses pontos da cidade a velocidade permitida é de 60km/h.

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