Brasília
Após a prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), na manhã de ontem, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o episódio não reflete em desgaste para o Governo Federal. Em conversa com jornalistas, Mourão afirmou que a prisão de Crivella não tem "nada a ver" com o governo, mesmo que o prefeito tenha sido apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro nas eleições municipais.
Crivella foi preso em operação do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil. Ele é acusado de participação em um esquema de corrupção na Prefeitura do Rio envolvendo o pagamento de propina. Crivella já tinha sido alvo de busca e apreensão em setembro e agora foi preso preventivamente.
"Isso aí é questão policial, segue o baile, investigação e acabou", afirmou Mourão. "Para o governo não tem impacto nenhum. Tem nada a ver com a gente. Sem impacto, zero impacto", reforçou Questionado sobre o apoio de Bolsonaro a Crivella nas eleições, Mourão afirmou mais uma vez que não há relação entre isso e um possível reflexo na imagem do governo. "Isso aí, a gente apoia tanta candidatura aí. Não tem nada a ver", disse.
Crivella concorreu à reeleição no Rio, mas foi derrotado no segundo turno por Eduardo Paes (DEM). O atual prefeito recebeu o apoio de Bolsonaro durante a disputa, mas o chefe do Executivo evitou se envolver diretamente no pleito ou aparecer em agendas públicas com o candidato. Em sinalização positiva ao candidato eleito, na semana passada, Bolsonaro recebeu Paes no Planalto para tratar sobre projetos de infraestrutura no Rio e sobre a vacinação contra a covid-19.
Vacinas
Nesta terça, Mourão também afirmou que espera o início da vacinação contra a covid-19 em fevereiro. "Temos que aguardar as compras das vacinas que devem ser feitas. São dois aspectos, primeiro comprar e distribuir em todo o território nacional e a partir daí começar (a imunização)", disse.
Ele citou o prazo de cinco dias para distribuir o imunizante em todo o País, depois de comprada e estocada a vacina. "Acredito que talvez em fevereiro, se Deus quiser, a gente consegue estar vacinando."
O vice-presidente também comentou sobre restrições a voos vindos do Reino Unido, que registra casos de uma nova cepa mais contagiosa do vírus. "Para chegar aqui no Brasil tem que estar testado. É a única restrição", destacou Mourão. Como o Estadão mostrou, até o momento o Brasil, ao contrário de países europeus, não planeja restringir ou suspender voos vindos do Reino Unidos.
Saiba Mais
- Crivella é preso a nove dias de deixar a Prefeitura do Rio
- Morte de menina no Rio cria embate sobre pacote anticrime
- Se for necessário, é para partir para o confronto, diz Temer
- Câmara vota na segunda decreto de intervenção no Rio de Janeiro
- Governo do Rio interpela na Justiça ministro Torquato Jardim
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.