Eleições 2022

Weverton diz que "nunca foi candidato" e que Edivaldo pode ser nome de consenso

Entrevista surpreendente do senador pedetista reforçou aliança entre PCdoB e PDT, rechaçou projeto pessoal em 2022 e cogitou futuro ex-prefeito como nome de consenso.

José Linhares Jr / Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Weverton acredita que Flávio Dino irá manter projeto do grupo em 2022. Edivaldo desponta como nome.
Weverton acredita que Flávio Dino irá manter projeto do grupo em 2022. Edivaldo desponta como nome. (Flavio Edivaldo e Weverton)

SÃO LUÍS - Em entrevista a uma rádio da capital, o senador Weverton Rocha (PDT) surpreendeu aos ouvintes com afirmações contrárias às especulações recentes na política do estado. O senador afirmou que nunca se colocou como candidato ao governo do estado em 2022; reafirmou os laços ideológicos entre PCdoB e PDT; disse que a decisão para o cargo de governador será liderada pelo governador Flávio Dino e, indiretamente, avaliou positivamente o nome do prefeito Edivaldo Holanda Jr para assumir o papel de candidato do grupo.

NÃO É CANDIDATO

Sobre a possibilidade de sua candidatura estar definida, Weverton foi assertivo ao negar que seja candidato. “Ninguém nunca ouviu da minha boca que eu sou candidato a governador”, disse. A fala afasta as especulações de que Weverton trabalha, pelo menos publicamente, por sua consolidação como nome do governo para a sucessão em 2022. “Meu grande projeto é exercer o mandato de senador”, disse.

NÃO TEM RACHA

O senador negou a possibilidade de racha no grupo do governador Flávio Dino. A situação vinha sendo noticiada após o início do 2º turno nas eleições de São Luís, após PDT e Democratas tomarem rumos diferentes dos desejados pelo governador.

“São 217 municípios no Maranhão, em quase 190 deles PDT e PCdoB são aliados. São quase dez anos de uma aliança sólida no Maranhão. Os dois partidos, PDT e PCdoB, tem uma identidade histórica que é muito maior do que o segundo turno em uma cidade pontual”, avaliou.

Para Weverton, a tese de uma ruptura foi criada pelo grupo do vice-governador Carlos Brandão. “O grupo dele (Brandão) aproveitou a situação para tentar nos colocar em posição de afastamento para enfraquecer o PDT junto ao governador. Acredito que o governador já deve ter percebido e vai se portar da melhor forma em relação à situação”, disse.

Durante a entrevista, como forma de provar que não está afastado do PCdoB, Weverton elogiou o deputado federal Márcio Jerry, presidente do PCdoB no estado, e disse que mantém contato frequente com o parlamentar.

EDIVALDO PODE SER NOME DE CONSENSO

Além de surpreender ao afirmar que sua candidatura não é uma certeza, Weverton Rocha afirmou que a busca por um nome que suceda Flávio Dino deve ser tomada pelo grupo liderado pelo governador. Por diversas vezes o parlamentar frisou que o projeto deve ser de grupo porque as eleições de 2022 não podem ser encaradas como projeto pessoal.

“Se o grupo do governador Flávio Dino, por exemplo, disser assim, ‘Weverton e Brandão, nós temos aqui no nosso grupo nomes bons que estão bem avaliados e bem colocados nas pesquisas como por exemplo o Edivaldo Holanda’, que foi um bom prefeito em São Luís e pode ser um governador que unifique a todos vocês. Qual seria o problema de eu fazer parte de um projeto onde eu me sinta contemplado?”, declarou o senador.

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