Weverton diz que "nunca foi candidato" e que Edivaldo pode ser nome de consenso
Entrevista surpreendente do senador pedetista reforçou aliança entre PCdoB e PDT, rechaçou projeto pessoal em 2022 e cogitou futuro ex-prefeito como nome de consenso.
SÃO LUÍS - Em entrevista a uma rádio da capital, o senador Weverton Rocha (PDT) surpreendeu aos ouvintes com afirmações contrárias às especulações recentes na política do estado. O senador afirmou que nunca se colocou como candidato ao governo do estado em 2022; reafirmou os laços ideológicos entre PCdoB e PDT; disse que a decisão para o cargo de governador será liderada pelo governador Flávio Dino e, indiretamente, avaliou positivamente o nome do prefeito Edivaldo Holanda Jr para assumir o papel de candidato do grupo.
NÃO É CANDIDATO
Sobre a possibilidade de sua candidatura estar definida, Weverton foi assertivo ao negar que seja candidato. “Ninguém nunca ouviu da minha boca que eu sou candidato a governador”, disse. A fala afasta as especulações de que Weverton trabalha, pelo menos publicamente, por sua consolidação como nome do governo para a sucessão em 2022. “Meu grande projeto é exercer o mandato de senador”, disse.
NÃO TEM RACHA
O senador negou a possibilidade de racha no grupo do governador Flávio Dino. A situação vinha sendo noticiada após o início do 2º turno nas eleições de São Luís, após PDT e Democratas tomarem rumos diferentes dos desejados pelo governador.
“São 217 municípios no Maranhão, em quase 190 deles PDT e PCdoB são aliados. São quase dez anos de uma aliança sólida no Maranhão. Os dois partidos, PDT e PCdoB, tem uma identidade histórica que é muito maior do que o segundo turno em uma cidade pontual”, avaliou.
Para Weverton, a tese de uma ruptura foi criada pelo grupo do vice-governador Carlos Brandão. “O grupo dele (Brandão) aproveitou a situação para tentar nos colocar em posição de afastamento para enfraquecer o PDT junto ao governador. Acredito que o governador já deve ter percebido e vai se portar da melhor forma em relação à situação”, disse.
Durante a entrevista, como forma de provar que não está afastado do PCdoB, Weverton elogiou o deputado federal Márcio Jerry, presidente do PCdoB no estado, e disse que mantém contato frequente com o parlamentar.
EDIVALDO PODE SER NOME DE CONSENSO
Além de surpreender ao afirmar que sua candidatura não é uma certeza, Weverton Rocha afirmou que a busca por um nome que suceda Flávio Dino deve ser tomada pelo grupo liderado pelo governador. Por diversas vezes o parlamentar frisou que o projeto deve ser de grupo porque as eleições de 2022 não podem ser encaradas como projeto pessoal.
“Se o grupo do governador Flávio Dino, por exemplo, disser assim, ‘Weverton e Brandão, nós temos aqui no nosso grupo nomes bons que estão bem avaliados e bem colocados nas pesquisas como por exemplo o Edivaldo Holanda’, que foi um bom prefeito em São Luís e pode ser um governador que unifique a todos vocês. Qual seria o problema de eu fazer parte de um projeto onde eu me sinta contemplado?”, declarou o senador.
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