Resíduos sólidos

Centro Ambiental Ribeira eleva São Luís a referência em reciclagem

Espaço é o primeiro do país a funcionar na metodologia de ecopark e mantém galpão de triagem, pátio de compostagem, usina de beneficiamento de resíduos recicláveis e centro de educação ambiental

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

[e-s001]São Luís - São Luís é a cidade da vanguarda em reciclagem no Nordeste. No momento, a capital maranhense é a que apresenta a maior taxa de reciclagem de resíduos em nível regional. Mais de 760 toneladas de resíduos são produzidos no município e, segundo a Prefeitura, cerca de 5,5% desse material é reciclado, quando a média nacional de reciclagem de lixo é em torno de 3%. O Centro Ambiental Ribeira São Luís - antigo Aterro da Ribeira, que por mais de duas décadas recebeu toneladas de lixo, até ser encerrado em 25 de julho de 2015 – foi inaugurado ontem para reforçar a cultura de reciclagem na população ludovicense.

Presente na inauguração, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, destacou a luta e o sonho realizado. “Lembro quando era criança, passava com a minha família na Avenida Carlos Cunha e olhava aquele lixão a céu aberto, no Jaracati. Anos depois, esse lixão foi transferido para a área da Ribeira, com características bem similar ao primeiro. Eu sabia que precisava mudar esta situação”, frisou o prefeito, ressaltando que, agora, o antigo Aterro da Ribeira ganha uma nova denominação, Centro Ambiental Ribeira São Luís, adaptado para uma nova realidade, de cunho sustentável.

Edivaldo Holanda Júnior estava acompanhado da primeira-dama, Camila Holanda; do vice-prefeito, Júlio Guterres; da presidente do Comitê de Limpeza Urbana de São Luís, Carolina Estrela; do presidente do Instituto Lixo Zero, Rodrigo Sabatini; e demais autoridades

O espaço conta, atualmente, com quatro equipamentos. Um deles é o Galpão de Triagem de Materiais Recicláveis, com capacidade de processar cerca de 10 toneladas de material, por dia, e receber o excedente dos materiais recicláveis que são entregues nos ecopontos.

Há também o Pátio de Compostagem de Resíduos Orgânicos, que possui uma área de 5.500 metros quadrados e capacidade para processar 90 toneladas mensais de resíduos orgânicos; a Usina de Beneficiamento de Resíduos da Construção Civil e o Centro de Educação Ambiental. “Estamos entregando à população um centro que tem a estrutura de destinar, de forma correta, os resíduos. Convidamos todos a conhecer esse espaço, principalmente o Centro de Educação Ambiental, que servirá para atividades voltadas ao incentivo da sustentabilidade”, ressaltou o prefeito.

Carolina Estrela afirmou que a concretização desse centro marca o encerramento de um ciclo que teve início ainda no ano de 2016, após o fechamento do aterro e, o começo, de fato, de uma nova etapa da gestão de resíduos sólidos na capital. “Houve investimentos na coleta seletiva da cidade, por meio dos ecopontos, e agora o município é referência na Região Nordeste”, frisou a presidente do Comitê de Limpeza Urbana de São Luís.

Segundo ela, o centro beneficiará a população, inclusive os cooperados. “Isso mostra que é possível mudar uma realidade por meio de políticas públicas e parcerias com cooperativas. A cidade de São Luís é referência nacional na gestão de resíduos sólidos e reciclagem”, frisou Carolina Estrela.

Rodrigo Sabatini, presidente do Instituto Lixo Zero, parabenizou a atitude do prefeito Holanda Júnior. “Estamos acompanhando o trabalho que o gestor municipal e sua equipe estão realizando na cidade, principalmente no tocante ao destino do lixo, de forma correta”, contou.

O ativista ambiental Denison Ferreira também disse ao prefeito que o centro é uma atitude de suma importância para o meio ambiente. “Um gestor que mostrou que tem preocupação com o meio ambiente e a população somente tem a ganhar”, comentou.

[e-s001]Aterro da Ribeira
Desde o ano de 1995, o Aterro da Ribeira passou a receber todo o lixo e rejeitos produzidos pelos habitantes da ilha de São Luís. Em julho de 2015, o local foi fechado e começou a passar por obras para a criação do Centro Ambiental da Ribeira São Luís.

Desde a desativação do Aterro da Ribeira, o lixo produzido e coletado na capital maranhense é descartado na Central de Tratamento de Resíduos Titara, localizada no povoado Buenos Aires, no município Rosário, Região Metropolitana de São Luís.

Os resíduos sólidos domiciliares são encaminhados para o aterro sanitário, onde ocorre a drenagem de gases e líquidos percolados (chorume). O chorume é encaminhado à estação de tratamento de efluentes (ETE), onde passa por diversos processos até ser considerado efluente final sem características poluentes.

Atualmente, na área próximo ao Centro Ambiental da Ribeira, funciona a Estação de Transbordo. As estações de transbordo são pontos de transferência intermediários de resíduos coletados na cidade, criados em função da considerável distância entre a área de coleta e o local de destinação final.

Nas estações de transbordo, os resíduos coletados pelos caminhões compactadores são descarregados e, depois, colocados em carretas de maior capacidade que levam estes resíduos até o aterro sanitário.

SAIBA MAIS

Centro Ambiental Ribeira São Luís

[e-s001]Galpão de Triagem: capacidade de processar cerca de 10 toneladas e o espaço funciona de forma automatizado. Recebe o excedente dos materiais recicláveis que são entregues nos ecopontos ou por meio da coleta seletiva domiciliar.

[e-s001]Usina de Resíduos da Construção Civil: tem a capacidade de processar até sete mil toneladas mensais de resíduos da construção civil que são entregues nos ecopontos e recolhidos pelos serviços de remoção manual e mecanizada utilizada pela Prefeitura.

[e-s001]Pátio de Compostagem: os rejeitos de feiras livres e mercados públicos - 90 toneladas ao mês - vão virar adubo orgânico que será distribuído gratuitamente para produtores rurais.

[e-s001]Centro de Educação Ambiental: vai servir para a realização de palestras ou outras atividades voltadas para incentivar a sustentabilidade.

É LEI

A Lei Federal de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS de número 12.305/2010) estabelecia que até o ano de 2018 todas as cidades brasileiras deixassem de operar lixões ou aterros em desacordos com as legislações pertinentes.

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