São Luís - Amanda Marques, 19, estudante de Fisioterapia, e Cayo Elcias, 18, acadêmico de Educação Física estão entre os mais jovens atletas praticantes de LPO (Levantamento de Peso Olímpico) no Maranhão. Apaixonados, eles afirmam que a afinidade e o interesse pelo esporte ajudam bastante na relação. Primeiro, eles se tornaram amigos, mas, depois, o sentimento foi mudando e entre um e outro “arremesso” ou “arranco”, a troca de olhares aproximou ainda mais o casal. Agora, os dois seguem participando de campeonatos, no Brasil e exterior, dando orgulho para o Maranhão.

Amanda e Cayo são uma prova de que essa modalidade desportiva atrai cada vez mais adeptos no Maranhão, assim como no Brasil e no mundo. Nela, o atleta tenta levantar a maior carga possível para cima da cabeça. Sem dúvida, é um dos esportes olímpicos mais difíceis que existem. “Nós treinamos no CTLPO-MA, que fica no Crossfit Rangedor, na Avenida dos Holandeses. Desde que começamos, não paramos mais. Foi esse esporte, aliás, que nos uniu e de amigos, nos tornamos namorados”, conta Amanda Marques.

Campeã - Amanda é campeã maranhense (2019) e baiana (2020), dando provas de que as mulheres se dão bem tanto quanto os homens nesse esporte, o que não era muito comum há alguns anos. Cayo, por sua vez, foi classificado para o campeonato mundial de LPO no Cazaquistão, na Ásia, para onde viajará em março de 2021. No mais recente campeonato, realizado no Rio de Janeiro, ele ficou em terceiro lugar, na categoria adulto.

“Nós começamos a namorar este ano. Nos conhecemos praticando esse esporte na Academia Viva Água, no bairro Renascença II, com o professor Dudu e a professora Lívia, que também se conheceram por meio desse esporte. De lá para cá, só avançamos e estamos muito felizes por poder representar o Maranhão nos campeonatos”, diz ele, que treina de segunda a sábado ao lado da namorada.

Amanda Marques costumava treinar crossfit, antes de migrar para o LPO. O esporte é composto de dois movimentos principais: “arremesso” e “arranco”. No primeiro, ela já conseguiu colocar 70kg. No segundo, 50kg. Já ele: 150kg e 120kg, respectivamente. Ela, na verdade, nem imaginava que poderia praticar esse esporte. Era adepta da dança e tinha base no balé clássico. “Até que tive de parar de dançar por causa de problemas na coluna, ou seja, uma escoliose muito grave. Cheguei a usar colete por três anos e, depois, tive de me submeter a uma cirurgia porque o colete não surtiu efeito. Passei um ano sem praticar nada. Em 2019, comecei no crossfit, com autorização do médico. Depois, fui para o LPO, que ajudou bastante a fortalecer a minha estrutura corporal”, conta.

Cayo, que é natural de Imperatriz, mora em São Luís há oito anos e treina há dois, já participou, também, de um campeonato sul-americano, na Argentina, em novembro de 2019. “Participei, ainda, do campeonato brasileiro sub-20 (segundo lugar) e do campeonato brasileiro adulto (sexto), ambos em 2019”, conta ele, que já treinou crossfit e futsal. “Nosso sonho, sem dúvida, é participar de uma olimpíada e estamos nos esforçando para isso. É preciso ter foco, disciplina e determinação. Agradecemos muito aos nossos treinadores, os professores Eduardo e Lívia, que são um exemplo nessa modalidade", finaliza Cayo.

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