Pandemia

Maranhão pede ao STF autorização para adquirir vacinas aprovadas em outros países

Governador também mencionou a atual taxa de ocupação hospitalar para casos de Covid-19 na rede estadual de saúde, que permanece estável

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Flávio Dino deu entrevista virtual à imprensa para tratar da Covid no estado
Flávio Dino deu entrevista virtual à imprensa para tratar da Covid no estado (Flávio Dino)

São Luís - Em entrevista virtual à imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (8), o governador Flávio Dino atualizou o quadro de contágio do coronavírus no Maranhão e as providências que a gestão estadual decidiu tomar para garantir, o quanto antes, a aquisição de vacinas e a imunização da população maranhense contra a Covid-19. Entre as medidas adotadas, o governador citou ação judicial impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Maranhão possa adquirir vacinas e implemente um plano de imunização contra o vírus, independentemente de definição por parte do governo federal.

O governador Flávio Dino já havia anunciado em suas redes sociais a adoção de medida judicial que garanta ao Maranhão e demais estados da federação a possibilidade de aquisição de vacinas que tiveram eficácia comprovada por organismos de saúde internacionais.

“Ingressei ontem com ação judicial no Supremo. Objetivo é que estados possam adquirir diretamente vacinas contra o coronavírus autorizadas por Agências sanitárias dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e China. Com isso, estados poderão atuar, se o governo federal não quiser”, informou.

Flávio Dino esclareceu que mantém diálogo com o governo federal e acompanha os desdobramentos sobre a execução do Plano Nacional de Imunização. Entretanto, diante da falta de sinalização da União sobre o tema, o governador estuda a compra das vacinas CoronaVac, imunizante desenvolvido no Brasil pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, vinculado ao governo de São Paulo.

Para o governador, o mais importante é garantir o maior número de vacinas atestadas internacionalmente, para preservar a saúde da população.

“Temos que ter uma pluralidade de vacinas. Você não pode aguardar apenas uma vacina, que aparentemente era ou é a atitude do governo federal em relação à vacina do laboratório AstraZeneca, que é a chamada vacina de Oxford. A medida que nós definimos é que temos que buscar a multiplicidade de oferta de vários laboratórios dentro das disponibilidades existentes em âmbito internacional”, frisou.

“Nós não desistimos do Plano Nacional de Imunização porque é o imperativo legal. Não é uma decisão discricionária do presidente da República ter ou não ter um plano de imunização, é uma obrigação constante de lei desde 1975, e, por isso, nós continuamos a dialogar e a cobrar do governo federal”, completou.

SAIBA MAIS

Medidas adotadas para obtenção de vacinas no Maranhão
Durante a entrevista à imprensa, o governador elencou as medidas que o estado pode tomar para possibilitar, de forma célere, a imunização da população maranhense:

• Adquirir vacinas CoronaVac do Instituto Butantã, via Governo de São Paulo
• Adquirir vacinas de outros países, por intermédio da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS)
• Observar experiências de outros países (a exemplo da vacina do laboratório Pfizer, que começou a ser aplicada no Reino Unido nesta terça-feira)
• Acompanhar o Plano Nacional de Imunização
• Ação Judicial no STF

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.