Alerta

Recorde de mortes nos EUA gera pedido de decretos mais duros

Norte-americanos querem punições para quem não usar máscara ou sair de casa sem necessidade; o presidente eleito, Joe Biden, prometeu uma nova estratégia nacional que imporá a obrigatoriedade de máscaras

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Paciente com Covid-19 é tratada em hospital em Chicago
Paciente com Covid-19 é tratada em hospital em Chicago (Paciente com Covid)

WASHINGTON - Líderes dos Estados Unidos pediram com urgência que os norte-americanos usem máscaras e ameaçaram com decretos mais drásticos de permanência em casa depois que as mortes de coronavírus atingiram um recorde diário --duas pessoas estão falecendo a cada minuto.

Mais de 213.830 casos novos e 2.861 mortes foram relatados na quinta-feira, 3, de acordo com uma contagem da Reuters baseada em dados oficiais, e vários especialistas projetam que o número de fatalidades passará de três mil por dia em breve.

O presidente eleito, Joe Biden, prometeu uma nova estratégia nacional que imporá a obrigatoriedade de máscaras onde ele terá autoridade, como em edifício federais e para viagens interestaduais, assim que assumir no lugar do presidente Donald Trump, no dia 20 de janeiro.

Para além de sua autoridade, ele exortou as pessoas a usarem máscaras voluntariamente, uma nova abordagem na comparação com a disciplina pública frouxa vista até agora e com o endosso tímido do próprio Trump à prática.

"No primeiro dia da minha posse... pedirei ao público 100 dias para usar máscaras, só 100 dias para usar máscaras, não para sempre, 100 dias", disse Biden em uma entrevista à CNN na quinta-feira. "E acho que veremos uma redução significativa se fizermos isso --se isso ocorrer, com vacinações e uso de máscaras, vamos reduzir os números consideravelmente."

Duas candidatas a vacina promissoras podem receber autorização de uso de emergência da Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) neste mês e começar a ser administradas a profissionais de saúde, socorristas e moradores de casas de repouso antes do Ano Novo.

Disparada e infecções

O médico Anthony Fauci, membro da força-tarefa contra o coronavírus da Casa Branca, disse na sexta-feira,4, que acredita em outra disparada de infecções de coronavírus duas ou três semanas depois do feriado de Ação de Graças de 26 de novembro, quando muitos norte-americanos viajaram para visitar familiares, e que teme que as compras e festas de Natal impulsionem outro pico.

"Estamos em uma situação muito precária neste momento. Certamente existe luz no fim do túnel com uma vacina, mas ainda não chegamos lá. Então realmente temos que intensificar nossas medidas de saúde pública para tentar cortar esta trajetória", disse Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, no programa "Today" da rede NBC.

Fauci disse que aceitou a oferta de Biden de ser seu principal conselheiro médico, além de manter seu cargo atual.

O Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington projeta agora 538.893 mortes por Covid-19 até 1º de abril nos Estados Unidos, quase o dobro do total de mortes desde o início da pandemia até agora.

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