Artigo

O associativismo médico no Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

A história do associativismo médico brasileiro remonta ao século XIX, mais precisamente em 30 de junho de 1829, quando foi criada a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro. Visava reunir médicos para a discussão de temas sobre saúde e doenças humanas, bem como definir o papel deste grupo frente a questões de saúde publica e do exercício da medicina. No Maranhão, este desejo da criação de uma instituição que defendesse os interesses da classe médica, se concretizou em 16 de abril de 1914, quando da criação da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Maranhão, sob a presidência do dr. Oscar Lamagnere Galvão. Após algumas dificuldades para o seu funcionamento, ela é renomeada de Sociedade dos Médicos dos Hospitais, em abril de 1921,ainda sob a presidência do dr. Oscar Lamagnere Galvão, voltando a sua denominação inicial em 26 de março de 1939.

Em 20 de fevereiro 2002 ela passa a ser denominada de Associação Médica do Maranhão. Nos últimos 106 anos, esta instituição, tem buscado cumprir a sua missão de promover por todos os meios ao seu alcance, o desenvolvimento científico, cultural e social da Medicina do Maranhão, além de congregar e defender a classe médica, lutando pela união de seus filiados, com a observância das normas que prescrevem a ética médica. Tem colaborado com as instituições públicas, pela solução dos problemas médicos e sociais, desde a educação até a prática do bom exercício da medicina. Após um século da sua fundação, muitos dos problemas que motivaram a sua criação, continuam tão atuais quanto aquela época e surgiram novos desafios a serem enfrentados.

Neste tempo de pandemia, a atual diretoria escolheu quatro linhas de ação a serem desenvolvidas. A primeira é o resgaste da importância do associativismo médico, para que possamos ter o maior número possível de médicos participando ativamente das ações da Associação Médica do Maranhão, no que diz respeito à defesa geral da categoria no terreno ético, social, econômico e de consumo. Em especial nas questões relacionadas às condições de precarização do trabalho médico. Enfrentar a “pejotizaçao” da medicina, ao lado das outras instituições médicas, como o Sindicato dos Médicos e o Conselho Regional de Medicina, e lutar por uma carreira de estado para o médico.

O histórico dos últimos anos é de terceirização e quarteirização dos serviços médicos, atrasos nos pagamentos e, muitas vezes, calotes. A segunda diz respeito a um abrangente programa de atualização científica, utilizando as mais diversas plataformas digitais e quando for possível, o retorno às ações presenciais. Estas atividades deverão comportar não apenas programas de atualização, mas também cursos específicos, visando alcançar os jovens médicos, que não tiveram acesso aos programas de residência médica. A terceira linha de ação se dará na avaliação e acompanhamento das faculdades de medicina do estado, bem como dos programas de residência médica. A quarta linha de ação será um intenso dialogo com a sociedade na promoção de campanhas que visem à prevenção, preservação e recuperação da saúde da população. Para isto, em conjunto com outras instituições públicas e privadas, realizaremos mutirões, campanhas dos meses e dias temáticos nacionais, mas também campanhas voltadas para os principais problemas de saúde nosso estado.

Convido a todos os médicos do Maranhão, para enfrentarmos juntos, estes antigos e novos desafios.

Jose Albuquerque de Figueiredo Neto

Presidente da Associação Médica do Maranhão

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