São Luís – Somente os quatro primeiros boletins da Secretaria de Estado as Saúde (SES), correspondentes ao mês de dezembro, registraram 1.630 novos casos da Covid-19 no Maranhão, enquanto todo o mês de novembro registrou 7.523 novos casos. Nesta quarta-feira, 3, O Estado publicou reportagem apontando regressão nos casos do novo coronavírus, levando em consideração os boletins da SES, mas também mostrou que os boletins da InfoGripe, mostravam alta no estado.

Na quinta-feira, 4, após a veiculação da notícia, o epidemiologista Antônio Moura da Silva, detalhou a O Estado, o porquê dessa divergência entre os boletins. “Descobri o motivo da disparidade nos dados entre o InfoGripe e os boletins da SES. Houve uma mudança no procedimento de notificação dos laboratórios privados, que agora notificarão diretamente no sistema da SES. Devido à mudança de procedimento, está havendo atraso de notificação por parte dos laboratórios privados. A SES vai realizar treinamento para corrigir o problema”, informou o professor. Sendo assim, isso também explicaria a quantidade expressiva de novos casos registrados, apenas entre os dias 1º e 4 de dezembro.

Leitos
Quanto ao número de leitos para a Covid-19 no estado, a situação parece controlada, mesmo que nos primeiros três dias, profissionais de saúde tenham divulgado que a movimentação nos hospitais aumentou consideravelmente. Na Grande Ilha, até o boletim do dia 4 de dezembro, 31 pessoas ocupam leitos de UTI (34,83%), já os leitos de enfermaria, eram 43 ocupados (31,85%).

Em Imperatriz, a situação é mais preocupante. De 32 leitos disponíveis de UTI até o dia 4 de dezembro, 14 estavam ocupados, ou seja, 43,75%. Os leitos clínicos estavam com taxa de ocupação de 28,40%. Nas demais regiões do estado, os leitos estavam com baixa taxa de ocupação. De 148 leitos de UTI, apenas 29 (19,59%) estão em uso. Quanto aos de enfermaria, apenas 30 (8,50%) de 353 estão sendo utilizados para tratar da Covid-19.

Plano de Vacinação
Nesta quinta-feira, o secretário de estado da saúde, Carlos Lula, divulgou que o Maranhão seguirá o plano nacional de divulgação para a Covid.

A primeira fase terá como prioridade trabalhadores de saúde, pessoas de 75 anos ou mais e idosos em instituições de longa permanência (como asilos), bem como povos indígenas.

Na segunda fase a imunização será focada nos idosos de 60 a 74 anos. Pacientes a partir de 60 anos são considerados grupo de risco pelo risco maior da contaminação evoluir para uma morte.

Na terceira fase estarão pessoas com comorbidades, condições médicas que também favorecem um agravamento do quadro a partir da covid-19. Entre as doenças crônicas incluídas neste grupo estão as cardiopatias e doenças renais crônicas.

A quarta fase vai focar em professores, forças de segurança, trabalhadores do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade. O conjunto destes segmentos soma 109,5 milhões de pessoas, que deverão receber, cada um, duas doses. No comunicado do Ministério sobre a reunião não há informações sobre o restante da população.

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