Editorial

As metas de 2020

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

#MetasNãoCumpridas ficou entre as 10 mais do trendtopics do twitter nesta quinta-feira. O novo idioma não aperfeiçoado, o dinheiro não guardado, a paciência não adquirida, o rolê aleatório não dado, o emprego não conseguido, os livros não lidos, a habilitação não tirada, o amor não correspondido. A lista é interminável e repetitiva. E o certo é que todo mundo teve alguma meta não cumprida neste ano.

Se é difícil cumprir metas quando tudo parece normal, num ano completamente anormal, isso se torna quase impossível. Não se culpe, é complicado fazer dieta quando se fica trancado em casa 24/24. Fazer exercícios já é ruim em academia, quando há várias pessoas fazendo o mesmo e isso já serve de motivação. Agora, em casa, sozinho… é preciso muito foco e, manter o foco em meio a uma pandemia, é algo mais difícil ainda.

A incerteza do que virá, ainda deixa a todos atônitos, ou pelo menos os que conseguem perceber a gravidade do momento em que se vive. Sim, porque ainda há aqueles que não acreditam na pandemia, a tratam como algo simples e se descuidam, muitas vezes causando danos à própria família e pessoas próximas.

Com certeza alguém já ouviu relatos de pessoas que só "caíram na real" depois que algum familiar sucumbiu à doença. Um pouco tarde, mas é melhor do que se manter na ignorância e prejudicar mais pessoas ainda. A essas, a meta não cumprida deve ter sido, ser mais esperto e sensato.

O ano que se encerra em 27 dias foi difícil para muitos. Para quem trabalhou e teve de alterar a rotina indo para o home-office, ou precisou de revezamento, máscara e álcool gel constantemente; para quem perdeu o emprego, porque a empresa acabou fechando de vez durante o ápice do isolamento social; para quem sobreviveu do auxílio emergencial e ainda não sabe como vai ser quando ele acabar; para quem depende do comércio; para quem estuda remotamente e não sabe como será o próximo ano; para quem precisou se preparar para o Enem praticamente sozinho, com aulas em EAD; para quem não tem condições de estudar em EAD por falta de computador, celular ou internet. Outra lista interminável.

2020 formou listas gigantescas de coisas não feitas e danosas, reclamações, medos, incertezas. O ano que muitos dizem que simplesmente não existiu, ou não funcionou. Um ano inteiro que trouxe perdas, tristezas, ansiedade, depressão, morte, ausência. Mas também um ano que ensinou a muitos sobre a necessidade do próximo, o respeito e cuidado com os mais velhos e a amizade - ainda que alguns ainda se mantenham cegos diante dela.

Aconteceram muitos exemplos de solidariedade, pessoas se ajudando, auxiliando amigos e desconhecidos. Corações se abriram para o próximo, pessoas se deram as mãos. Não foi um ano perdido (espera-se!).

As metas não cumpridas ficam para 2021, o ano da aposta alta. Que não seja decepcionante. Que pelo menos algumas delas sejam, enfim, cumpridas. E que tudo o que aconteceu este ano sirva para fazer um ano novo melhor.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.