Literatura

Clássico da obra de Rachel de Queiroz ganha nova edição

''Dôra, Doralina'' mostra-se atemporal como expressão da emancipação feminina

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Detalhe da capa do livro
Detalhe da capa do livro (livro rachel de queiroz)

SÃO PAULO- Dando continuidade ao projeto de renovar o projeto gráfico da obra de Rachel de Queiroz e reafirmar sua importância para a literatura brasileira, a Editora José Olympio lança agora Dôra, Doralina, uma forma também de celebrar os 110 anos da autora, efeméride que reafirma as características atemporais de Queiroz que, em obras como essa, se mostra atual e relevante mesmo com o passar das décadas.

Dôra, Doralina, obra que marca a retomada de Rachel de Queiroz ao gênero romance teve sua primeira edição em 1975, pode ser lido como expressão da emancipação feminina, na qual Dôra sai da condição de mulher submissa para conquistar a liberdade de ser o que desejar e levar a vida que quiser. Personagem fascinante, ela é um dos perfis femininos mais intensos da literatura brasileira.

O livro narra a história de Maria das Dores, viúva recente de um casamento de conveniência, que sai da sombra da mãe e de uma vida de submissão para viver em Fortaleza. Na capital do Ceará, Dôra torna-se atriz e passa a viajar pelo Brasil como integrante da trupe de uma Cia de teatro mambembe. Em determinada viagem conhece o Comandante, homem que desperta seu amor mais profundo e com quem se muda para Rio de Janeiro, abandonando o teatro. Após sua experiência com o amor que poucos têm coragem de viver, Dôra retorna para sua cidade natal, fechando o ciclo de vivências que a transformaram em outra mulher.

Sobre a autora

Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, em 1910. A autora fugiu da seca de 1915 com a família para o Rio de Janeiro, onde teve que permanecer em repouso por conta de uma doença nos pulmões, assim, escreveu seu primeiro livro mais conhecido: O Quinze, publicado em 1930. Foi também jornalista, tradutora e teatróloga. Autora de destaque na ficção social nordestina, Rachel de Queiroz foi a primeira mulher escritora na Academia Brasileira de Letras, 1977, e também a primeira mulher vencedora do Prêmio Camões, 1993. Faleceu em 2003.

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