Avaliação da ONU

Covid-19 vai aumentar em 40% número de pessoas que precisam de ajuda em 2021

Uma de cada 33 pessoas no mundo precisará de ajuda para necessidades básicas, como alimento, água e saneamento, em 2021, segundo a Organização das Nações Unidas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Grande acampamento de refufgiados, este ano, na região de Idlib, na Síria
Grande acampamento de refufgiados, este ano, na região de Idlib, na Síria (Grande acampamento de refufgiados, este ano, na região de Idlib, na Síria)

GENEBRA - A pandemia de coronavírus aumentou para cifras inéditas o número de pessoas que necessitam de ajuda humanitária para sobreviver em todo o mundo, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) ontem. As vítimas da pobreza extrema aumentaram dramaticamente em um ano.

Uma de cada 33 pessoas precisará de ajuda para necessidades básicas, como alimento, água e saneamento, em 2021, um aumento de 40% em relação a este ano, relatou a ONU em seu Panorama Humanitário Global 2021.

São 235 milhões de pessoas em todo o planeta, concentradas principalmente em Síria, Iêmen, Afeganistão, República Democrática do Congo e Etiópia, disse o relatório.

"A crise está longe de ter acabado", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em um comunicado. "Os orçamentos de ajuda humanitária enfrentam carências graves enquanto o impacto da pandemia global continua a piorar."

"Se todos os que precisarão de ajuda humanitária no ano que vem vivessem em um país, seria a quinta maior nação do mundo", disse o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock. "A pandemia é um massacre nos países mais frágeis", acrescentou.

A ONU estabeleceu 34 planos de reação humanitária para 56 países em 2021, com a meta de ajudar 160 milhões do que prevê que serão 235 milhões das pessoas mais vulneráveis enfrentando fome, conflitos e os impactos da mudança climática e da pandemia de coronavírus.

"Sempre visamos alcançar cerca de dois terços dos necessitados porque outros, por exemplo a Cruz Vermelha, tentarão preencher a lacuna restante", explicou Lowcock.

Doação

Países doaram o valor recorde de US$ 17 bilhões para a reação humanitária coletiva em 2020, alcançando 70% das pessoas carentes visadas --um aumento de 6% na comparação com 2019, segundo o relatório.

Mas a ONU alertou que isto é menos da metade dos US$ 35 bilhões de dólares necessários para conter a fome generalizada, combater a pobreza e manter crianças nas escolas, e apelou por contribuições financeiras de países ricos.

"Agora o mundo rico consegue ver a luz no fim do túnel", disse Lowcock em um comunicado. "O mesmo não é verdade nos países mais pobres."

Ele afirmou que, embora os US$ 35 bilhões de dólares para 2021 sejam uma cifra alta, trata-se de uma quantia "muito pequena" quando comparada ao que países ricos gastaram protegendo seus cidadãos durante a pandemia.

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