Editorial

Quando as vacinas estarão disponíveis no Brasil?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

A pergunta que o país inteiro faz atualmente é esta: quando as vacinas contra a Covid-19 estarão disponíveis para os brasileiros? Isto porque as diversas vacinas que estão sendo testadas no mundo todo começam a revelar um quê de resultados positivos, fazendo com que as populações fiquem mais e mais ansiosas por obter a imunidade contra a Covid-19.
A explicação é simples para esta tão sonhada expectativa da população: tão perto, mas ainda tão distante. O Instituto Butantan, centro de pesquisa biológica ligado ao governo de São Paulo, por exemplo, já armazena cerca de 120 mil doses de uma vacina potencialmente capaz de conter a pandemia da Covid-19.

As doses da Coronavac, vacina produzida pela chinesa Sinovac e testada no Brasil em parceria com o Butantan, foram importadas com a condição expressa imposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de que não sejam aplicadas até que haja o registro efetivo do imunizante.

O instituto espera receber nas próximas semanas insumos para a produção de outras 40 milhões de doses. No último domingo (22), o Ministério da Saúde projetou ter quase 143 milhões de doses previstas pelos acordos que já estabeleceu com os diversos organismos que testam suas vacinas mundo afora, o que seria suficiente para imunizar um terço dos brasileiros.

Entretanto, poucos arriscam a estabelecer datas para a chegada das vacinas e a consequente imunização da população. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, arriscou uma data, no início desta semana: espera que a vacinação já seja possível em fevereiro, talvez ainda em janeiro do próximo ano. Covas estabeleceu o cronograma considerando que o órgão conclua os estudos necessários ainda em 2020 e que a Anvisa analise o caso em torno de um mês.

Mas a agência federal não se compromete em estabelecer prazos. O gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, incentivou os desenvolvedores a compartilhar o máximo de informações sobre os estudos, mesmo antes que estejam concluídos. “Somos cientistas e temos que avaliar estes dados com muito cuidado", argumentou.

Para Mendes, são três as vacinas mais avançadas. Além da Coronavac, a vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca e a vacina da Pfizer e da BioNTech estão no mesmo estágio de liberação, com a observação de que as duas primeiras já abasteceram a agência com informações técnicas.

Nos Estados Unidos, a luz no final do túnel acendeu para os norte-americanos nos últimos dias. É que a Pfizer e a BioNTech pediram ao FDA, o equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, autorização para o uso emergencial do imunizante que desenvolvem.

O FDA agendou o início da análise do pedido para o próximo dia 10 de dezembro. O chefe do programa de vacinas contra a Covid-19 dos Estados Unidos, Moncef Slaoui, afirma que o país pode começar a distribuir já no dia seguinte - portanto, em 11 de dezembro - caso a resposta seja positiva.

A Pfizer negocia com o Brasil. Recentemente, representantes da farmacêutica conversaram com o Ministério da Saúde. Apesar de haver a possibilidade de uma negociação, o imunizante também precisaria da aprovação no país. Há ainda questões logísticas a serem resolvidas, já que essa candidata a vacina demanda transporte em temperaturas baixíssimas, de -70º C.

Além da Pfizer, outras quatro possíveis fornecedoras se reuniram com o governo brasileiro nesta última semana. São elas a Janssen, Bharat Biotech, Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e a Moderna. O país também se integrou à Covax, cooperação das Nações Unidas para custear projetos de vacinas.

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