A luta de quem não vê

Cegos em São Luís: uma minoria esquecida e que precisa de apoio

População com "grande dificuldade ou que não enxerga" representa apenas 0,2% de toda o contingente do estado; do total de cegos, quase 17% estão na capital

Thiago Bastos / O Estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Ausência de piso tátil, buracos, aclives e declives das calçadas e ruas são desafios para Gumercindo
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Semáforo sonoro

A Prefeitura de São Luís, em 2011, instalou um semáforo sonoro na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no bairro Bequimão, próximo à Escola de Cegos do Maranhão. O dispositivo indicava quando o sinal estaria aberto ou fechado para a passagem dos pedestres e obedecia à recomendação do Ministério Público do Maranhão. No entanto, aparentemente sem manutenção, o acessório se desgastou e atualmente o trecho não possui mais a ferramenta. O Município, até o momento, não se manifestou sobre a inclusão de outro sinal sonoro na região ou em outro trecho da cidade. Para Gumercindo, que chegou a usufruir do dispositivo, o sinal sonoro, faz muita falta e hoje ele conta com a ajuda das pessoas que também vão atravessar. “Por que nós ficamos ainda com medo de algum carro atravessar o sinal vermelho. Como vou ver? [risos]. A gente teria mais uma referência mas, infelizmente, não contamos mais com ela”, afirmou.

NÚMEROS

6,5 milhões de pessoas vivem com algum tipo de deficiência visual
528.624 pessoas foram classificadas como “incapazes de enxergar”, ou cegos
6.056.654 pessoas possuem baixa visão ou visão subnormal
0,3% dos habitantes do país é considerado cego
211 mil pessoas registram alguma ou grande dificuldade para enxergar na capital
2.311 ou 0,2% da população local é considerada cega
17% dos cegos do Maranhão vivem na capital, São Luís

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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