Cinco livros de autoras negras que abordam o racismo
Obras escritas por mulheres que abordam o tema de diferentes perspectivas
SÃO LUÍS- O Dia da Consciência Negra é celebrado no dia 20 de novembro. A data foi instituída em 2003, por meio da Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, sancionada pela então presidente Dilma Rousseff. O dia 20 de novembro foi escolhido por ser a data da morte de Zumbi dos Palmares. O último dos líderes do Quilombo dos Palmares, localizado no atual estado de Alagoas, durante o período colonial.
Para celebrar a data, listamos cinco livros de autoras negras que falam do tema sobre diferentes perspectivas, para ler em qualquer época do ano.

Um defeito de cor
Da escritora mineira Ana Maria Gonçalves, a obra é uma ficção que conta a história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas
Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira original e pungente, na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens.

Olhos d´água
A obra de Conceição Evaristo ajusta o foco na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Em Olhos d’água estão presentes mães, muitas mães. E também filhas, avós, amantes, homens e mulheres – todos evocados em seus vínculos e dilemas sociais, sexuais, existenciais, numa pluralidade e vulnerabilidade que constituem a humana condição.

Úrsula
Livro da maranhense Maria Firmina dos Reis foi lançado em 1859, o livro narra um triângulo amoroso entre Úrsula, uma jovem humilde, Tancredo, um homem rico e o tio de Úrsula, um homem sem escrúpulos. Como pano de fundo do folhetim romanceado, típico da época, a trama aprofunda em outro tema que é o Brasil escravocrata. A obra traz o racismo sob a perspectiva de personagens invisíveis na sociedade da época. Maria Firmina dos Reis é considerada a primeira autora brasileira a abordar temas como a escravidão.

Quarto de Despejo
Livro de Carolina Maria de Jesus foi publicado em 1960 e se trata de um diário da autora, relata o cotidiano cruel de uma catadora de lixo e moradora de uma favela. Com uma linguagem simples, a autora traz relatos comoventes do seu dia a dia

Negra, nua e crua
O livro da escritora Mel Duarte, traduz em versos que retratam as inquietações, provocações, sensações, angústias e prazeres da vida pela ótica de uma mulher negra, a obra é dividida em três capítulos que dão título ao trabalho.
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