Eleições

Domingo de votação tranquilo na Ilha de SL

Idosos foram os primeiros a votar; problemas de acessibilidade e na votação surgiram durante o pleito eleitoral; lei seca não foi seguida

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Votação  transcorreu dentro da normalidade
Votação transcorreu dentro da normalidade (votação)

São Luís - O domingo (15), foi de votação em todo o país e em São Luís, o dia foi movimentado nos grandes bairros da capital. Cidade Operária, Cohab, Renascença e área Itaqui-Bacanga, por exemplo, muita gente saiu de casa cedo para exercer o direito à cidadania. Nos locais de votação, o clima foi de tranquilidade. As maiores intercorrências foram as mudanças de zonas e seções eleitorais, problemas pontuais em algumas urnas e ainda a sujeira nos entornos de colégios eleitorais, causadas pelo despejo de “santinhos” (prática proibida por lei).


Este ano, por causa da pandemia, o pleito iniciou uma hora mais cedo – às 7h - para possibilitar um horário estendido ao eleitor. E muitos responderam a este chamado, em especial os idosos, que por orientação da Justiça Eleitoral, tinham como horário prioritário as primeiras horas da manhã. “Vim cedo, porque acho melhor, mais tranquilo e também porque foi o horário sugerido para nós, idosos”, disse Sebastiana Fonseca da Silva, de 73 anos, eleitora da escola Pedro Álvares Cabral, da Cidade Operária.

Na Cohab, na escola Cidade de São Luís, que concentra grande número de eleitores, era possível observar muitos “santinhos” jogados nas proximidades do prédio que também recebeu a presença de homens do Exército, além de policias militares. No interior da escola, os eleitores encontraram um ambiente como marcações no piso para que fosse mantido distanciamento social mas foi comum observar a desobediência por parte da população que em alguns momentos se aglomerou nas filas. “Acho muito importante que as pessoas venham votar. Afinal, vamos ter de cobrar depois dos nossos governantes. Sabemos da dificuldade do momento, da pandemia, por isso é necessário obedecer às regras sanitárias. Fazendo assim, vamos poder votar e não adoecer”, destacou a professora Ana Cistina Gouveia.

Para a aposentada Francisca Chagas, as medidas de segurança sanitárias deram tranquilidade ao eleitor. “Aqui está tudo certinho e me sinto segura votando assim”, disse.

Outro polo habitacional bastante adensado, o Itaqui-Bacanga, registrou movimentação tranquila nos locais de votação. O mesmo não se pode dizer das ruas e avenidas que estiveram cheias de gente, muitas sem máscaras, intenso tráfego de veículos, sendo possível observar pequenos congestionamentos em bairros como Vila Embratel, por exemplo.

Comércio
O domingo de eleição também foi de trabalho para alguns comerciantes. Na Cidade Operária, logo nas primeiras horas da manhã, lojas de roupas, calçados e eletrônicos abriram suas portas na esperança de alcançar consumidores que saíram de casa para a votação.

Na Cohab, além de lojas abertas, também havia a ação de comerciantes informais que vendiam água, alimentos e outros produtos nas proximidades de locais de votação. “Toda eleição eu venho trabalhar aqui. É uma forma de aumentar um pouco a renda já que a situação está muito difícil”, disse Maria José Nascimento, que vendia água nas proximidades do colégio.
O mesmo movimento foi observado no Renascença, onde camelôs vendiam produtos na porta de um dos maiores colégios eleitorais do bairro, o Dom Bosco. Na região Itaqui-Bacanga a maioria dos comércios abriram suas portas e a movimentação de consumidores foi intensa na área.

Municípios
Além de São Luís, os eleitores dos municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa também tiveram um domingo de votação tranquilo. Na zona rural de São José de Ribamar, a escola Nossa Senhora da Vitória, localizada na Estrada da Mata, a presidente de seção Cleidiane santos explicou que a escola é sempre tranquila nos dias de votação.

“Aqui tudo ocorre sempre bem, não temos filas, as pessoas têm obedecido às regras sanitárias e graças a Deus, sempre dá tudo certo”.

Furo da lei seca
Indo contra a portaria nº 1039/2020, que decretou a proibição da venda de bebidas alcoólicas entre 0h e 22h do dia 15 de novembro, em bairros periféricos da cidade foi possível ver a comercialização de bebidas e o consumo de álcool em espaço público.

No bairro da Ilhinha, bares estavam abertos com a venda e consumo de álcool. No local, pessoas sentavam em volta da mesa com garrafas e copos de cerveja. Já no bairro da Divinéia, próximo ao Colégio Vinícius De Moraes, local de votação, um grupo de pessoas se aglomerava nas ruas, com carros de som alto, consumindo bebidas alcoólicas.

A decisão, que foi emitida pela Secretária de Segurança Pública na última quinta-feira (12), tem como objetivo ajudar a preservar a ordem pública no dia da votação e, caso descumprido, pode caracterizar como crime de desobediência. Além da venda e fornecimento de bebidas alcoólicas e semelhantes, também foi proibido o consumo em locais públicos ou de acesso público nesse mesmo período. Contudo, o consumo dentro de residências, com bebidas que foram adquiridas anteriormente.

SAIBA MAIS

A jovem Ana Catarina Cardoso, de 28 anos, tem deficiência motora e intelectual e realizou um sonho neste domingo (15). Pela primeira vez, ela pôde exercer sua cidadania por meio do voto.

Eleitora na escola Cidade de São Luís, na Cohab, a jovem chegou ao local acompanha pela esposa de seu primo, com quem mora. “O sonho dela era votar e quando ela veio morar com a gente, decidimos realizar este sonho, tiramos o título pra ela se tornar uma cidadã. E hoje, pela primeira vez, ela exerceu este direito”, disse Cleyde Rodrigues que acompanhou Ana Catarina na hora da votação.

Com alguma dificuldade na fala, a jovem disse estar feliz. “Achei bom votar. Venho de novo”, ressaltou.

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