Pandemia

Síndrome da Cabana: psicanalista fala sobre o medo de sair de casa pós pandemia

Especialistas em saúde mental caracterizam a situação de estresse provocada pela volta à rotina após um longo período de isolamento como Síndrome da Cabana

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Para muitas pessoas, sair de casa virou sinônimo de medo
Para muitas pessoas, sair de casa virou sinônimo de medo (isolamento)

SÃO PAULO- Após cerca de sete meses confinados dentro de casa, a vida em sociedade, aos poucos, tem voltado a ser o que era antes da pandemia do coronavírus. Enquanto para muitos, o desejo de estar na rua, de se relacionar com outras pessoas e ver a vida “voltar ao normal” tem sido cada vez mais intenso, para outros, o desconfinamento tem se tornado um verdadeiro problema. Especialistas em saúde mental caracterizam a situação de estresse provocada pela volta à rotina após um longo período de isolamento como Síndrome da Cabana, ou seja, quando sair de casa pode se tornar motivo de medo.

“Para quem está com a síndrome, neste período de desconfinamento os poucos compromissos que se têm fora de casa passam a se tornar um verdadeiro fardo. Em sociedade, a pessoa pode sentir medo, dificuldade de se reconectar com as pessoas novamente, além de viver em constante inquietação, desesperança, tristeza ou depressão persistente, e outros sintomas”, detalha a psicanalista Samiza Soares.

De acordo com a especialista em hipnoterapia, a síndrome pode surgir após duas semanas de isolamento, quando o cérebro passa a entender que só em casa a pessoa está realmente segura. “Geralmente, pessoas naturalmente introvertidas são mais suscetíveis a sofrer desse mal. O importante é entender que nesse momento de confinamento, o distanciamento não precisa ser social, mas físico. Podemos manter contato com as pessoas pelas redes sociais, telefonemas e mensagens”, afirma.

Ainda segundo Samiza, ao ser percebido sintomas da síndrome, deve-se buscar ajuda de profissionais. “Com a terapia online é possível se consultar e receber orientações sem sair de casa, pois a síndrome, quando não monitorada e tratada, pode desencadear quadro depressivo grave”, salienta.

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