Vacina

Flávio Dino repudia declaração de Bolsonaro e defende impeachment

Presidente da República afirmou, em pronunciamento, que não tem paz no Brasil e que sua vida é uma desgraça; governadr Flávio Dino afirmou que declaração é um desrespeito à população do país

Ronaldo Rocha/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Flávio Dino volta a criticar presidente Bolsonaro
Flávio Dino volta a criticar presidente Bolsonaro (Flávio DIno)

O governador Flávio Dino (PCdoB) defendeu em seu perfil em rede social o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Dino fez referência ao artigo 85 da Constituição, após o chefe da nação comentar, em pronunciamento, a suspensão dos testes da vacina chinesa, CoronaVac, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); falar em usar “pólvora” se Joe Biden, presidente dos EUA, insistir em tomar a Amazônia; e pedir que o Brasil deixe de ser um país de “maricas”, em virtude de alegada segunda onda da Covid-19.

O comunista repudiou as declarações de Bolsonaro e lembrou do ex-presidente da República, Jânio Quadros, que renunciou ao cargo.

“Este é um daqueles dias em que o artigo 85 da Constituição Federal, que trata dos crimes de responsabilidade e do impeachment do presidente da República, grita para ser lembrado. Há também o exemplo de Jânio Quadros. Tantos abusos e desvarios não podem permanecer”, pontuou.

Ele também apontou desrespeito de Bolsonaro à população, após o pronunciamento do chefe da União.

“Sinceramente, acho isso um imenso desrespeito com o povo brasileiro. O chefe da nossa nação não pode falar assim do cargo que exerce. Além de tudo, isso fere a imagem do nosso país no mundo. Muita irresponsabilidade”, completou.

Maricas

Bolsonaro havia falado, durante um evento para a retomada do Turismo no país, que a questão da pandemia do novo coronavírus foi superdimensionada. Para ele, o Brasil tem que “deixar de ser um país de maricas” e “enfrentar o assunto de peito aberto”.

“Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para urubuzada que está ali atrás. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa?”, afirmou.

Bolsonaro também afirmou que parte dos problemas decorrentes da pandemia ocorreram porque não deixaram o líder trabalhar.

“Minha vida aqui é uma desgraça, eu não tenho paz para absolutamente mais nada [...] Não tem carinho, não tem sentimento por quem morreu. Tenho sentimento, sim, mas foi superdimensionada”, disse.

E completou: “Tudo que eu falei sobre o vírus lá atrás, e eu apanhava feito um cão sarnento na porta de igreja, se comprova que é verdade agora”.

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