A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) prendeu em flagrante na quarta-feira, 11, um servidor público municipal por suspeita de compra de votos eleitorais na cidade de São João do Paraíso, município localizado a 759 km de São Luís. A informação é do G1 Maranhão.
O suspeito foi identificado como coordenador pedagógico de Educação do município. O nome e a idade não foram revelados pela polícia. De acordo com as investigações, os policiais foram informados após uma denúncia, que o homem estaria fazendo a compra de votos em um veículo de cor branca pelas ruas do município.
Um patrulhamento na área foi realizado e o homem foi encontrado retirando uma grande quantia de dinheiro do banco traseiro do veículo. O suspeito foi abordado e após uma vistoria no carro, a polícia localizou R$ 5.630 reais em espécie.
Além disso, a polícia também encontrou uma planilha com dados pessoais de vários eleitores, onde eram atribuídos a cada um deles, com valores que variavam entre R$ 100 a R$ 700. Segundo as investigações, os nomes haviam sido indicados por vereadores que concorrem cargos na cidade.
Após o flagrante, o suspeito foi preso e encaminhado para a Delegacia de Estreito. Ele deve responder por Corrupção Eleitoral, crime que consta no artigo 299 do Código Eleitoral.
Depósito
Em Coroatá, um conselheiro tutelar efetuou na terça-feira, 10, o depósito em juízo de R$ 7 mil que, segundo ele, teriam sido utilizados para a compra do seu apoio político pelo grupo do atual prefeito da cidade, Luís da Amovelar Filho (PT), candidato à reeleição.
Jarbas Almeida França é conhecida liderança política da cidade e afirma que foi procurado pelo vereador Macílio Gonçalves (PCdoB), ainda no mês de julho, com a proposta financeira, além de cargo público e de um horário em programa de TV local.
Na semana passada, ele protocolou, no Ministério Público, uma representação eleitoral contra o prefeito e o vereador. Jarbas Almeida denunciou ambos por abuso de poder econômico e compra de apoio político.
Segundo consta do processo, o vereador Macílio Gonçalves teria assediado o conselheiro tutelar, em nome do prefeito, para que ele mudasse sua posição política e se aliasse ao grupo Amovelar. A transação para a compra do apoio teria custado, ainda de acordo com o denunciante, R$ 7 mil, entregues em espécie.
Toda a negociação foi gravada. O vídeo, também anexado ao processo, mostra toda a conversa final antes do acerto e a entrega do dinheiro. Foi esse o valor integralmente devolvido pelo conselheiro à Justiça.
Acordo
Da representação protocolada por Almeida constam, ainda, áudios trocados no WhatsApp, nos quais um assessor do vereador Macílio Gonçalves, identificado como Douglas, ainda revela que, após o repasse do dinheiro, o líder político teria que tirar uma foto com o atual prefeito e gravar um vídeo declarando apoio. Todas as conversas foram realizadas com muita naturalidade.
Jarbas entregou todo o material ao Ministério Público Eleitoral em Coroatá, incluindo fotos, vídeos, e as conversas mantidas por meio do aplicativo de troca de mensagens. O material está de posse da promotora Aline Silva Albuquerque.
Mais
O Estado entrou em contato com a coligação do prefeito Luís da Amovelar Filho por meio do site oficial de campanha do petista, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
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