Julgamento

Matador de Alanna é condenado a 43 anos

Vítima tinha 10 anos e foi encontrada morta com as mãos amarradas no quintal de sua residência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Julgamento aconteceu ontem
Julgamento aconteceu ontem (julgamento)

São Luís - Robert Serejo Oliveira foi condenado a 43 anos, em regime fechado, pelos crimes de feminicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver, tendo como vítima sua enteada, Alanna Ludmilla, de 10 anos. O julgamento ocorreu ontem, no Fórum do Calhau. A criança foi achada morta no quintal de sua residência, no Maiobão, em Paço do Lumiar, no dia 3 de novembro de 2017.

O processo tramitava na 3ª Vara do Termo de Paço do Lumiar, mas, a pedido da defesa houve o desaforamento para São Luís, sendo, por meio de sorteio, distribuído para a 2ª Vara do Júri. O julgamento foi presidido pelo juiz Gilberto de Moura Lima e a acusação foi feita pelo promotor de Justiça Frank Teles.

A defesa do réu foi feita pelos defensores públicos Pablo Camarço e Melissa Rebelo. O corpo de jurado decidiu pela condenação do réu. O magistrado manteve a prisão de Robert Serejo, que foi levado de volta para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Audiência
A audiência começou por volta das 8h30 e a primeira a ser ouvida foi a mãe da vítima, Jaciane Borges. O magistrado ainda ouviu mais três testemunhas, entre elas, dois peritos do Instituto de Criminalística (Icrim). Em seguida, o réu foi indagado pelo juiz, o promotor e a defesa.

No período da tarde, o juiz concedeu uma hora e trinta minutos para o promotor e a defesa sustentarem a sua tese. Ainda foi concedida uma hora para a réplica. A tese apresentada pela defesa é que não havia elementos suficientes que provam que Robert Serejo fosse o autor do crime.

A acusação pediu a condenação do acusado a pena máxima pelos crimes de homicídio, com a qualificadora de feminicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. O corpo da criança estava debaixo de pedras no quintal da casa dela com as mãos amarradas para trás e havia um saco plástico na cabeça. A causa morte foi asfixia após abuso sexual.

Achado
A criança estava desaparecida desde o dia primeiro de novembro de 2017 e a mãe dela tinha sido a uma entrevista de emprego. No dia 3, o corpo da vítima foi achado por um vizinho, Nonato Vasconcelos, de 46 anos.

Ele contou que sentiu nas proximidades da residência onde a menina morava um odor putrefato e ao pular o muro da casa para tentar descobrir de onde vinha, acabou achado o corpo, coberto por entulho e telhas quebradas. A polícia e o Corpo de Bombeiros Militares foram acionados como também os peritos do Icrim.

Robert Serejo, que era companheiro da mãe da criança, chegou a ser ouvido na noite do dia 1º de novembro, em companhia de familiares da vítima, na delegacia do Maiobão, mas foi liberado e, em menos de uma semana, acabou sendo preso na Estiva quando tentava fugir da cidade.

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