Balneabilidade

Início do período chuvoso pode alterar balneabilidade das praias

Cientista ambiental explica que, pelo padrão geral de monitoramento, no período seco as praias tendem a ficar próprias ao banho e esta poderia ser uma explicação para o laudo positivo divulgado

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Com o período seco, praias estão próprias para banho
Com o período seco, praias estão próprias para banho (Márcio Vaz )

São Luís - O início do período chuvoso pode comprometer a balneabilidade das praias da região metropolitana de São Luís nas próximas semanas, conforme o padrão geral de monitoramento. A afirmação é do cientista ambiental Márcio Vaz que, ontem, explicou a O Estado o porquê de mais de 80% das praias da capital estarem próprias para banho, atualmente.

Segundo Márcio Vaz, geralmente no período chuvoso a balneabilidade fica comprometida. Já no seco, tende a melhorar. “Essa pode ser uma explicação para o mais recente laudo de balneabilidade emitido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, segundo o qual 81,82% das praias estão liberadas para banho. Mas há de se levar em consideração outros fatores”, explicou o cientista ambiental.

O laudo disponibilizado traduziu o período compreendido entre 13 de outubro e 3 de novembro de 2020 e apontou como próprias as praias da Ponta d’Areia, Meio, Araçagi, Olho de Porco e do Mangue Seco, estas três últimas localizadas em São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, respectivamente.

O Laboratório coletou e analisou amostras de água de 22 pontos distribuídos nas praias de São Luís e trechos de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, obedecendo aos padrões estabelecidos na Resolução Conama 274/2000.

A mudança de cenário foi brusca, já que no laudo referente à ação de monitoramento realizada no período de 5 de outubro a 26 de outubro de 2020, as praias da Ponta d’Areia, Calhau e Olho d’Água, por exemplo, apresentavam trechos impróprios. Além disso, no documento referente à ação de monitoramento realizada no período de 28 de setembro a 21 de outubro de 2020, todas as praias apareciam poluídas.

Márcio Vaz disse que, ao longo dos anos, o próprio padrão geral de análise de balneabilidade sofreu variações. “Houve anos em que, mesmo na estação seca, as praias continuaram impróprias. Logo, há diversos outros fatores correlacionados, como as peculiaridades da região e das praias, problemas na rede de coleta de esgoto e a dinâmica oceanográfica das praias, por exemplo. Sendo assim, não daria para explicar, pontualmente, o fato de determinadas praias de São Luís estarem próprias esta semana”, frisou.

Leituras
Pela metodologia internacional utilizada, são feitas cinco leituras semanais, sempre aos domingos e na maré baixa. “Se dessas cinco últimas semanas, 4 amostras estiverem favoráveis, isto significa que aquela determinada praia está favorável para banho. O laudo mais recente, por essa lógica, está refletindo, na verdade, as alterações no decorrer do mês de outubro. Se caírem mais chuvas nos próximos dias, é bem provável que os laudos sejam outros. Dezembro, por exemplo, vai refletir novembro e janeiro refletirá as alterações presenciadas em novembro.

Segundo o superintendente de Planejamento e Monitoramento, Breno de Lima Joca, o trabalho é um conjunto de várias ações com vários atores. “Há um trabalho de várias mãos para garantia dos parâmetros de balneabilidade. Nosso trabalho enquanto Secretaria de Estado de Meio Ambiente é monitorar e informar a população, ao mesmo tempo que alimentamos uma cadeia de informações com os demais órgãos executores para que as ações sejam efetivas”, disse.

Apenas quatro pontos encontram-se impróprios para uso: três pontos na praia de São Marcos (em frente ao Posto Guarda Vidas – Bombeiros, em frente ao prédio verde com o Heliporto e em frente à Banca de Jornal da Praça de alimentação da Litorânea) e um ponto na Praia do Olho d’Água (localizado em frente à descida da rua São Geraldo).

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