Eleições 2020

Braide mostra certidões negativas no horário eleitoral após ataques

Candidato do Podemos diz não ser investigado na Polícia Federal e mostrou documentos do próprio órgão que constatam não haver processo contra ele

Gilberto Léda/ Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Braide utilizou o horário eleitoral para mostrar documentos para provar que não há investigações contra ele
Braide utilizou o horário eleitoral para mostrar documentos para provar que não há investigações contra ele (Reprodução)

O candidato a prefeito de São Luís pelo Podemos, Eduardo Braide, reagiu ontem, em vídeo divulgado no horário eleitoral, aos ataques que tem sofrido por parte de candidatos ligados ao Palácio dos Leões nos últimos dias.

Desde o fim de semana, o parlamentar tem sido acusado de responder a inquérito sigiloso na Polícia Federal, mesmo o candidato já tendo apresentado todas as certidões negativas necessárias à garantia de sua candidatura.

No vídeo divulgado no horário eleitoral gratuito, Braide reafirma sua condição de ficha limpa e reafirma que não é investigado.

"Meus adversários tentam enganar você dizendo que sou investigado. Essa é a mesma mentira que usaram na eleição de 2016. Reafirmo para você: não sou investigado”, disse.

O candidato ainda apresenta certidões emitidas na sexta-feira passada, dia 6 de novembro, para contestar a informação dos adversários, que apresentam supostos documentos de 2019.

“A verdade está aqui nesse documento da Polícia Federal, emitido sexta-feira, 6 de novembro de 2020. Além disso, tenho aqui também a certidão do Tribunal Regional Federal, que mostra o meu nome e o 'nada consta’. Isso quer dizer que não existe nenhuma investigação contra mim. Zero!”, acrescentou.

Braide diz ser estranhos os ataques faltando menos de uma semana para as eleições e destaca que a estratégia é idêntica à utilizada contra ele no pleito de 2016, quando ele chegou ao 2º turno contra o atual prefeito da cidade, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), também apoiado pela base governista.

“Agora, o que é estranho, e muito suspeito, é que faltando menos de uma semana para a eleição, e você me fazendo liderar todas as pesquisas, eles vêm com a mesma armação de quatro anos atrás”, concluiu.

Decisão

A série de ataques a Eduardo Braide iniciou-se a partir de um vídeo do governador Flávio Dino (PCdoB). No material, antes da divulgação de qualquer informação sobre o assunto, ele insinuou que o candidato do Podemos deveria prestar esclarecimentos à Justiça.

Um dia depois, a Folha de S. Paulo apareceu com uma publicação apontando o deputado como investigado no âmbito do Ministério Público Federal (MPF).

A campanha de Braide recorreu e, no mesmo dia da publicação, obteve decisão favorável da juíza Cristiana de Sousa Ferraz Leita, da 78ª Zona Eleitoral, determinando a retirada da postagem do ar.

Em seu despacho, a magistrada diz que as afirmações da Folha de S. Paulo “não estão embasadas em provas, apenas cita um documento do Ministério Público, mas não o apresenta nem informa onde pode ser consultado”, possuindo, assim, num contexto eleitoral muito próximo ao dia da votação, potencial ofensivo de lesar a reputação do candidato.

Apesar disso, como mostrou O Estado em sua edição de ontem, o candidato do PCdoB a prefeito de São Luís, Rubens Júnior, e o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), coordenador da campanha comunista, seguiram replicando a informação nas redes sociais.

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