Bebês

Cuidado na hora de comprar: leite e composto lácteo são quase iguais só no rótulo

Acabe de vez com a dúvida que surge na hora da compra: apesar de serem similares para o consumidor, cada produto tem uma composição nutricional diferente

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(doação de leite)

RIO DE JANEIRO- Embalagens parecidas e nomes tão similares! Às vezes, é difícil notar a diferença na prateleira, mas leite em pó e composto lácteo são produtos distintos. É importante saber o que difere um produto do outro, principalmente no que se refere ao valor nutricional de cada um.

De acordo com a nutricionista Ana Carolina Netto, idealizadora do Espaço Acolher Nutrição, no Rio de Janeiro, o composto lácteo é um produto feito à base de soro do leite (no mínimo 51% do total do produto) e enriquecido com substâncias variadas. “Entre os principais nutrientes encontrados no composto lácteo, estão os ingredientes vegetais (milho e soja), vitaminas (em especial, A e D) e minerais (zinco e cálcio, por exemplo), com objetivo de melhorar sua qualidade nutricional”, ela explica.

Mas é preciso ter atenção ao levar esses produtos pra casa. Além dos nutrientes mencionados, o composto lácteo também é acrescido de aditivos alimentares e maltodextrina, um extrato derivado do milho, que serve de açúcar e é utilizado para aumentar a palatabilidade da bebida.

Apesar de ser tornar o composto lácteo saboroso, esse componente faz com que a criança adquira um hábito inadequado de alimentação em uma idade determinante para o seu desenvolvimento, preferindo doces e comidas não-nutritivas a refeições balanceadas, segundo Ana.

A especialista destaca que o consumo de açúcar dos pequenos deve ser controlado rigorosamente pelos pais. “Mesmo que o composto lácteo indique em sua embalagem que ele pode ser consumido a partir do primeiro ano de vida, de acordo com Sociedade Brasileira de Pediatria não deve oferecer que nenhuma dose de açúcar aos alimentos das crianças menores de dois anos”, afirma.

Já o leite é um produto natural, composto por água, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais, enzimas e lactose, sendo comercializado de forma fluida ou em pó. Pode ser oferecido para crianças a partir de um ano de idade, desde que não apresentem quadros de alergia à proteína do leite de vaca ou intolerância a lactose ou outros problemas de saúde que indiquem a exclusão da bebida da rotina alimentar.

E para as crianças menores de um ano de idade? A nutricionista Ana Carolina é categórica em dizer que o leite materno segue sendo indicado como alimento exclusivo. “A melhor dica é seguir alimentando a criança com o leite materno mesmo. Inclusive, no geral, o leite materno sempre será o melhor alimento para a criança até os dois anos”, ela explica.

Apenas em casos de comprometimento para o aleitamento materno deve-se, com a devida orientação pediátrica e acompanhamento do nutricionista, usar fórmulas infantis, estas que não representam nenhum dos produtos citados – nem o composto lácteo, nem o leite encontrado nos mercados.

“Nesse caso, trata-se de um produto exclusivo e substituto do leite que deve ser utilizado dentro das condições e individualidade de cada bebê. Nessas situações, em hipótese alguma o composto lácteo, bebida láctea ou até mesmo o leite de vaca devem ser ofertados”, completa a profissional.

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