Prisão

Polícia Federal realiza operação na casa do prefeito Cid Costa

Irmão do prefeito de Buriti Bravo foi capturado por agentes durante ação

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Agentes na porta da casa do prefeito Cid Costa
Agentes na porta da casa do prefeito Cid Costa (Buriti Bravo)

MARANHÃO - A Polícia Federal prendeu na manhã de hoje (9) o irmão do prefeito Cid Costa, de Buriti Bravo. Clemens Costa foi conduzido por agentes logo nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira. Um funcionário da prefeitura também foi alvo da operação. Na casa de Cid Costa foi cumprido um mandado de busca e apreensão.

Realizada em conjunto pela Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), a Operação Mascate que resultou na prisão do irmão do prefeito cumpriu 1 mandado de prisão preventiva e outros 7 mandados de busca e apreensão em Buriti Bravo (MA), Esperantinópolis (MA), Fortuna (MA) e Fortaleza (CE).

São investigadas irregularidades em contratações realizadas pela Prefeitura de Buriti Bravo com desvios de recursos para a aquisição de livros escolares que podem ultrapassar R$ 500 mil do Fundeb. A operação foi possível a partir do compartilhamento de informações da Operação Delivery, deflagrada em maio deste ano, no município de União (PI).

A partir de investigações conduzidas pela Superintendência da Polícia Federal no Piauí, identificou-se que os mesmos livros vendidos à Secretaria de Educação do município de União (PI) teriam sido vendidos pela mesma empresa à Secretaria de Educação de Buriti Bravo (MA). Há suspeitas de que os livros vendidos não foram entregues e que o dinheiro teria sido desviado para contas particulares dos envolvidos.

A CGU verificou que o município de Buriti Bravo firmou, em fevereiro de 2020, dois contratos com a empresa investigada e que esses contratos foram integralmente pagos com recursos do Fundeb. No entanto, levantamentos anteriores da PF haviam apontado indícios de que os livros ofertados jamais transitaram pelo estoque da empresa, bem como há sinais de se tratar de empresa de “fachada”. O prejuízo estimado com a venda fictícia dos livros corresponde ao valor total dos contratos (R$ 504.570,00).

Outras informações colhidas pela PF indicam o possível pagamento de vantagens indevidas, com a ocorrência de transações entre o sócio representante da empresa e agentes públicos municipais, com interveniência de um terceiro.

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