COLUNA SOCIAL

A Bruxa estava solta

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Eu preciso confessar que nunca fui muito do Halloween. Não é por nenhum tipo de resistência cultural não, tá! Até porque, convenhamos, se fôssemos questionar todas essas tradições que a gente segue... Adeus, por exemplo, noite de Natal. Pelo menos essa que é feita com guirlanda na porta, árvore iluminada, Papai Noel todo de vermelho... Já parou pra pensar de onde vem essas referências?

Meu lance com o Dia das Bruxas é mais estético mesmo. Sei lá, tenho um desconforto com essa vibe horripilante, com monstros e corpos sangrentos...

Mas há quem adore e se jogue no tema com tudo. É o caso do público que esteve em acAsa, no último dia 31, para mais uma edição do “Halloween Off”.

Como faz desde o início dos anos 2000, Alex Palhano produziu uma noite à caráter no gazebo que comanda na Av. Beira Mar, tendo como atrações os DJ Lucas Neiva, Matheus Galizza, Rivandré Basileu e o próprio Alex.

A decoração, com ares de filme de terror trash, foi concebida pelo arquiteto Adriano Cantanhede. Ainda que com lotação controlada, foi uma noite bastante movimentada. A coluna tem clicks de uma turma que investiu no tema.

Raiza Fontes de “Angel Dark”
Raiza Fontes de “Angel Dark”
Paula Guimarães e Raul Lamarca: Maria Antonieta e um carrasco (guilhotina pra quê?)
Paula Guimarães e Raul Lamarca: Maria Antonieta e um carrasco (guilhotina pra quê?)
Direto do Dia dos Mortos mexicano, Marina Furtado
Direto do Dia dos Mortos mexicano, Marina Furtado
Adriano Cantanhede
Adriano Cantanhede
André Almeida, chef de acAsa
André Almeida, chef de acAsa
Mateus Borralho
Mateus Borralho
Alex Palhano
Alex Palhano
Rivandré Basileu
Rivandré Basileu

EMOÇÕES À FLOR DE UM POST
Da partida repentina do Louro José ao episódio sem classificação do “estupro culposo”, só pra ficar em comoções mais recentes, nossas emoções parecem não conseguir mais se segurar no próprio corpo, escorrendo pelos dedos e transbordando para as redes sociais.

Vivemos a era em que todo mundo tem seu próprio palanque para protestos e homenagens - e exibicionismos também, afinal, vamos combinar, quem não tem um pavão guardado dentro de si, ainda que de plumagem diferente?

Eu mesmo sou um que, se não me segurar, posto meus amores e rancores ao sabor de um clique. Sem contar nos palpites que vão do pinico à bomba
atômica.


Tem algo errado nisso? Sinceramente, eu penso que cada um que coloque na balança o que publica ou não. Por mais que tenham pessoas sem o menor bom senso, do tipo “amarra e prende” mesmo, sou contrário à patrulha ou “manual de instrução” do que se deve ou não postar (exceto, óbvio, coisas que são crime). Ali é espaço de subjetividades, portanto...

Mesmo assim, eu fico procurando entender esse ímpeto que muita gente tem de falar sobre tudo quanto é assunto. Veja, por exemplo, a
corrida presidencial dos Estados Unidos. Por mais que o assunto seja de interesse global e que, de uma forma ou de outra, o resultado de lá interfira na
nossa realidade também, achei no mínimo curiosa essa manifestação generalizada que vi no meu “feed”. Primeiro que quase ninguém entende de
quase nada daquela eleição. Segundo porque, antipatias ao Trump à parte (e, sim, eu também tenho muita), não seria mais útil a gente se voltar para
as nossas eleições municipais que estão aí na boca de acontecer?

Bom, mas como já disse há pouco, sou contra a qualquer tipo de censura. Então, que siga o baile de memes e analistas políticos. A propósito, pra quem
quiser se informar (e se divertir muito) sobre as eleições dos EUA, vai uma sugestão: siga o perfil do Instagram @giovanabraga. A jornalista está
dando um show com sua cobertura. E ela, diferente de muitos, está atenta à campanha local também. Giovana, aliás, é um prodígio do jornalismo
maranhense. Desde o início da pandemia, ela vem produzindo um conteúdo útil e informativo, com a linguagem despretensiosa e bem humorada característica
das redes sociais. Os “IGTvs” dela são imperdíveis.

E já que falei de jornalista admirável, me despeço desse texto trazendo uma interação que recebi de outra garota notável do nosso ramo, Bárbara
Hellen, em uma postagem que fiz exatamente questionando até que ponto era proveitoso a gente se posicionar sobre algumas questões nas redes
sociais. A frase não é de autoria dela, e diz assim: “A gente se manifesta não para mudar a opinião dos outros. Mas para que quem pensa parecido saber
que não está sozinho”.

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