Justiça

STF abre prazo para Bolsonaro se manifestar sobre queixa de Dino

Ministro Marco Aurélio Melo abriu prazo de 15 dias para o presidente, se quiser, se manifestar a respeito de ação do governador no caso Balsas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Bolsonaro, em entrevista, disse que não iria a Balsas porque Dino não disponibilizou a PM para a segurança
Bolsonaro, em entrevista, disse que não iria a Balsas porque Dino não disponibilizou a PM para a segurança (Bolsonaro)

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), já notificou Jair Bolsonaro (sem partido) sobre um pedido de explicações protocolado pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), a respeito de uma fala do presidente dias antes de uma agenda dele em solo maranhense. A informação foi divulgada ontem pela coluna Radar, de Veja.

O pedido de Dino, uma queixa-crime, foi apresentado pelo comunista após Bolsonaro afirmar, em entrevista à rádio Jovem Pan, que tinha viagem prevista para participar de um evento evangélico em Balsas, mas que suspendeu os planos depois de o governador negar efetivo da Polícia Militar para fazer esquema de segurança da comitiva presidencial.

“O governador Flávio Dino resolveu não ceder a Polícia Militar para fazer uma segurança mais aberta, digamos assim”, disse. O governador maranhense se disse caluniado pelo presidente.

No despacho, o ministro do STF dá 15 dias para Bolsonaro, “querendo”, apresentar sua manifestação sobre a queixa de Dino. Na peça encaminhada à Corte, o governador solicita que o presidente “comprove o não acolhimento do pedido de disponibilização da Polícia Militar do Estado do Maranhão para viabilizar o comparecimento ao evento”.

Ainda de acordo com o pedido enviado ao Supremo, Dino acrescentou que não recebeu solicitação para a segurança presidencial.

Reforço

Apesar da negativa de Flávio Dino - e do pedido oficial de explicações -, ainda no ápice da crise, o senador Roberto Rocha (PSDB), aliado de Bolsonaro no Maranhão, reforçou nas redes a afirmação pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o tucano, Bolsonaro falou a verdade. “O governador do Maranhão proibiu a Polícia Militar garantir a segurança do presidente da República, que decidiu agora cancelar a viagem a Balsas”, disse Rocha.

Ele revelou, ainda, um possível motivo político para a atitude. “O presidente anunciaria também a federalização da MA 006, de Balsas a Alto Parnaíba. Por isso o governador ficou louco”, completou.

Apesar do cancelamento da agenda presidencial em Balsas, Jair Bolsonaro acabou mantendo parte dos compromissos no Maranhão, na semana passada. Ele visitou São Luís, fez uma parada fora da escala em Bacabeira, e encerrou o dia de compromissos em Imperatriz.

Após desembarcar na capital, acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ele visitou o canteiro de obras de duplicação da BR-135. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também acompanharam a visita.

A obra para melhorar as condições de trafegabilidade na BR-135/MA, única via terrestre de entrada e saída da capital, São Luís, é uma das prioridades do governo federal.

Além da duplicação, o Dnit realiza uma série de obras de recuperação da rodovia, entre a capital do estado e a cidade de Bacabeira.

Já em Imperatriz, o presidente participou de solenidade para o anúncio da retomada da construção de 218 moradias rurais no estado e o início da elaboração do projeto do Aeroporto Regional de Balsas, no sul do estado.

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