Editorial

Tomem nota, candidatos!

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Graves problemas de infraestrutura saltam aos olhos em São Luís em pleno calor da campanha para prefeito, mas tais deficiências pouco têm sido abordadas no horário eleitoral, nas redes sociais ou mesmo nos atos políticos nas comunidades. Muitas vezes, os candidatos lideram passeatas, carreatas, panfletagens e outros eventos de rua e se deparam com buracos, lama, esgotos estourados, vazamentos e outros transtornos nas comunidades, mas, ainda assim, a repercussão do descaso é quase nula, dando a entender que aqueles que hoje buscam votos são tão omissos quanto os agentes públicos que há anos estão no poder.

Dois exemplos gritantes dão a exata dimensão da negligência. Um deles refere-se à buraqueira e à lama que voltaram a dificultar o tráfego na esquina da Rua Caxias com a Rua Retiro Natal, no Jardim Eldorado, bairro próximo ao Turu. O trecho chegou a ser recuperado, há dois anos, dias após uma denúncia nos meios de comunicação, mas o escoamento ininterrupto de água e a circulação constante de veículos no local destruíram novamente o pavimento.

A comunidade voltou a clamar por mais uma obra de infraestrutura, sob pena de interdição da esquina, que dá acesso não só às demais ruas do Jardim Eldorado, mas também ao bairro Vicente Fialho, à Avenida São Luís Rei de França, à Rua do Aririzal e a outras vias e logradouros. Nos arredores, há uma vasta área habitacional, com condomínios residenciais de apartamentos e centenas de casas. São milhares de cidadãos prejudicados por um problema que até agora parece invisível aos olhos do poder público.

No bairro Apeadouro, situado a poucos quilômetros do Centro, os moradores estão indignados com uma situação que classificam como inadmissível, pois representa desperdício de um bem precioso e indispensável à vida, muitas vezes escasso nessa região da cidade. De acordo com a comunidade, um volume expressivo de água tratada jorra há quase uma semana na Rua Professor Joaquim Santos, um prejuízo absurdo, pois muitos lares e estabelecimentos comerciais deixam de ser abastecidos em razão do problema. Para agravar ainda mais o transtorno, equipes da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), empresa detentora de concessão pública outorgada pela prefeitura, jamais compareceram para consertar o vazamento, embora já tenham sido acionadas várias vezes.

A água potável está vazando de um trecho irregular do asfalto, onde a camada de terra já é visível. O extravio ocorre logo no começo da rua, às margens da Avenida Getúlio Vargas, nas proximidades da Paróquia São Vicente de Paulo. Como a via tem relevo em declive e dá acesso a outras ladeiras, o líquido desce em direção ao bairro Monte Castelo. Pessoas que passam pelo local ficam impressionadas com a situação, que já poderia ter sido resolvida. Os moradores esperam que a Caema faça imediatamente o reparo, a fim de evitar desabastecimento.

São apenas dois dos incontáveis problemas de infraestrutura que tantos incômodos causam à população da capital. Seria fundamental aos candidatos à eleição majoritária tomarem nota, já que a atual gestão, que findará em pouco mais de dois meses, dá claros sinais de que não tem mais fôlego, muito menos interesse em atender as demandas populares.

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