Números

Indústria da música arrecada € 8,9 bilhões em direitos autorais em 2019

Relatório anual da Cisac, entidade que reúne sociedades de autores do mundo todo, prevê que crise da Covid-19 impactará seriamente as indústrias criativas em 2020 e 2021

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(música)

Madri - A Confederação das Sociedades de Autores e Compositores (Cisac) apresenta na nesta quarta-feira (28), na Europa, o seu "Relatório Sobre as Arrecadações 2020", com dados de 2019 que mostram um crescimento global de 7,8% nos valores de execução pública em relação ao ano anterior. Incluídas todas as categorias nas quais a Cisac atua - além da musical, também audiovisual, literária, dramática e de artes visuais -, a arrecadação foi de € 10,10 bilhões, ou quase R﹩ 68 bilhões no câmbio atual.

Já o repertório musical, sozinho, somou € 8,9 bilhões, alta de 8,4% em relação a 2018. E o Brasil, mais uma vez, integra o top 10 dos maiores países arrecadadores de direitos autorais musicais, com o equivalente a € 185 milhões arrecadados pelas sociedades de gestão coletiva locais, apesar de uma queda de 4,5% em relação ao exercício anterior que, segundo o relatório, se deve à grande flutuação do real.

Ainda na música, a grande maioria das receitas continua a vir da TV e do rádio (mais de € 3,3 bilhões), setores que são seguidos por música ambiente e ao vivo (€ 2,6 bilhões) e digital (€ 2 bilhões). Outras fontes de renda, somadas, alcançam € 971 milhões — incluindo venda de CDs e DVDs, sincronização de músicas em filmes e séries de TV e outros usos.

Seja na música, seja em outras áreas de atuação da Cisac, a previsão é de que a arrecadação desabe este ano, devido à pandemia de Covid-19. São esperadas diminuições de 10% a 40% nos valores arrecadados e distribuídos aos titulares de direitos, a depender do país e do setor envolvido. O relatório do ano que vem, com os números do atual exercício, deve refletir a grave crise pela qual passa o setor cultural devido à paralisação das atividades presenciais e ao impacto da redução das receitas com publicidade na TV, no rádio e em outros meios.

O documento destaca algumas medidas - entre elas, ajudas diretas, bolsas e programas de estímulo à criação - que vêm sendo implementadas por sociedades de autores e também por governos mundo afora para tentar minorar os efeitos econômicos da pandemia sobre os titulares. Mas o alerta é claro: é preciso esperar por diminuições na arrecadação que no caso, por exemplo, da categoria de apresentações vivo e ambiente podem chegar a até 80%.

* Com informações da Cisac, de Paris

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