Estado Maior

Eleição tranquila?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

A disputa eleitoral em São Luís pode ser considerada - até agora - razoavelmente tranquila. Pelo menos na Justiça, a festa cívica não vem recebendo uma enxurrada de ações que acabam por engessar o processo eleitoral durante este período de campanha.

A começar pelo pedido de registro de candidaturas. Não houve impugnações contra os 10 candidatos a prefeito da capital.

No julgamento dos registros, não houve surpresa: todos foram deferidos e os candidatos estão aptos a concorrer pelos poucos mais de 600 mil votos em São Luís.

Por enquanto, a campanha na rua segue tranquila e os embates mais fortes com criação de fatos, como a “milícia 36” de 2012, na campanha de Edivaldo Júnior,
ainda não estão sendo feitos.

Entre os candidatos, poucas são as ações. Tem apenas uma condenação interposta ao candidato do Pros, Yglésio Moyses, e favorável a Eduardo
Braide (Podemos). Também há uma representação na Polícia Federal e meia dúzia de ações contra publicações falsas nas redes sociais.

Até contra a imprensa - fato que chamou atenção nas eleições de 2014 e 2018 - não há ações com tentativa clara de censura.

Tudo parece seguir tranquilo nas eleições deste ano na capital. Restam 20 dias para o dia da votação e, pela tradição, dizem que os últimos 10 dias se constitui no momento de apostar no tudo ou nada e para isto vale “chute na canela, dedo no olho...”

A torcida é para que não sejam usados tais expedientes, que podem macular a festa cívica que ocorre a cada dois anos.

Mudança
Sobre registros de candidatura, ontem, no limite do prazo para troca de candidatos, em Carutapera o prefeito da cidade, André Dourado (PL), renunciou
à sua reeleição.

Quem substituiu o candidato do PL foi Amin Quemel, do Avante, partido que faz parte da coligação que tinha Dourado como cabeça.

Na justificativa, para substituição das candidaturas, André Dourado alegou orientações médicas.

Enxugamento
Em entrevista para o site de O Estado e Portal Imirante.com, o candidato a prefeito de São Luís, Franklin Douglas (PSOL) afirmou que, se eleito, fará um "enxugamento da máquina pública".

Ele voltou a tecer críticas a candidatos com "maior poder aquisitivo" em São Luís.

O socialista disse ainda que ampliará, por exemplo, os Ecopontos pela cidade, o que mostra que nesse ponto, o candidato do PSOL concorda com
o trabalho da atual gestão.

Entrevistas
Franklin Douglas foi o primeiro dos três candidatos que não participaram do primeiro debate O Estado/Imirante na capital a ser entrevistado.

Além dele, será entrevistado hoje o candidato do PSTU, Hertz Dias, que pelas regras, terá 10 minutos em vídeo disponibilizado no site O Estado e
também Imirante.com.

O candidato Sílvio Antônio (PRTB) será o entrevistado de amanhã e, assim como os demais, terá 10 minutos e responderá perguntas feitas no debate.

Deferido
A Justiça Eleitoral deferiu o pedido da coligação “Esperança e Mudança para São José de Ribamar” e manteve a candidatura do ex-prefeito daquele
município Dr. Julinho (PL).

Com isso, o liberal pode disputar o pleito deste ano sem pendências judiciais, como ocorreu em pleitos anteriores.

Em sua candidatura atual, Dr. Julinho conta com o apoio de parlamentares como os deputados federais Josimar de Maranhãozinho (PL) e Gil Cutrim
(PDT).

“Tudo certo”
Após ter o registro de candidatura indeferido pela juíza Verônica Rodrigues Tristão Calmon, da 44ª Zona Eleitoral, o ex-prefeito Nonato Pereira declarou
em vídeo que permanece candidato em Buriti Bravo.

O (ainda) candidato diz apostar em decisão favorável no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, embora não justifique bem o motivo da crença.

Quem também confia numa reviravolta é o atual prefeito da cidade, Cid Costa. Aliado de Nonato, ele já avisou em grupos de WhatsApp que “está dando tudo certo” em São Luís. Na cidade, a oposição está vigilante em relação ao julgamento desse recurso.

DE OLHO

3 cidades do Maranhão receberão uma simulação da Polícia Federal para o uso de drones nas eleições de 2020. São Luís, Caxias e Imperatriz terão a ação da PF, que tem como objetivo fiscalizar e combater crimes como boca de urna e transporte de eleitores.

Cassado
A Câmara Municipal de Governador Nunes Freire decidiu cassar o mandato do prefeito Josimar da Serraria. A votação pela cassação terminou em 8 x 3.

Entre as denúncias que embasaram a cassação, estão atraso no pagamento do funcionalismo, irregularidades na gestão de recursos da ordem de R$ 2 milhões enviados pelo governo federal para combate à Covid-19.

Assume o comando do Município o presidente da Câmara, vereador Fernando Pereira (PT).

E MAIS

• Na quinta-feira, 29, será publicada a segunda pesquisa Escutec/O Estado sobre a disputa pela Prefeitura de São Luís.

• A expectativa dos candidatos e seus aliados é alta. A dúvida maior é quanto a possibilidade ou não haver segundo turno.

• A outra expectativa diz respeito à disputa pelo segundo lugar, que até a última pesquisa Ibope/TV Mirante ocorre entre Duarte Júnior (Republicanos) e
Neto Evangelista (DEM).

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