Pandemia

OMS pede fim da ''politização'' da pandemia: "não é uma partida de futebol"

Tedros Adhanom, diretor-geral da organização, reafirmou a importância da colaboração global, e disse que o mundo deve evitar o nacionalismo na vacinação

Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Tedros Adhanom reafirmou a importância da colaboração global
Tedros Adhanom reafirmou a importância da colaboração global (Tedros Adhanom OMS)

SÃO PAULO - O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, instou nesta segunda-feira, 26, líderes ao fim da "politização da covid", indicando que houve "divisões políticas nos níveis nacionais". "Uma pandemia não é uma partida de futebol", afirmou, em entrevista coletiva, em Genebra, na Suíça.

Adhanom reafirmou a importância da colaboração global, e disse que o mundo deve evitar a todo custo o nacionalismo na vacinação, indicando que uma cooperação internacional pode trazer uma recuperação econômica mais rápida. O atual estágio da iniciativa Covax, com 184 países, foi descrito como um "grande progresso".

Um dos principais temas da coletiva foi o aumento de casos na Europa, que, com um terço das mortes na último semana, foi descrita como "epicentro" da pandemia. "Vários países estão vendo aumento preocupante de casos e hospitalizações", em especial no Hemisfério Norte, afirmou Adhanom, que citou o fato de no final de semana, vários líderes terem tomado medidas "críticas" para conter casos.

"Ninguém quer mais lockdowns, mas para evitá-los, precisamos fazer nossa parte", instando a responsabilização individual, afirmou. O diretor citou que, em conversas com a chanceler alemã, Angela Merkel, apreciou sua conduta, e pediu ação conjunta na União Europeia.

Diretor-executivo da OMS, Michael Ryan afirmou que não há evidências de que o aumento de casos ocorra por uma mutação do vírus, não sendo notado nenhum aumento na transmissibilidade até agora. Instando o consenso, concluiu que não deve haver uma "competição sobre qual é a melhor estratégia para conter o vírus".

Por meio da persuasão, lembrou que "não é questão de força, e sim de convencimento". Sobre eleições, afirmou que são "fundamentais para democracia", e que vários processos "foram seguros" na pandemia, apontando para medidas "positivas, como ampliar horários de votação".

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