No Maranhão

Pessoas de 30 a 49 anos são as mais afetadas pela Covid-19

Com o quadro de estabilidade da pandemia no estado essas pessoas voltaram às ruas da cidade, se tornando vetores de infecção para outras faixas etárias; porém, esse público é apenas 8% do total de óbitos registrados no Maranhão

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Com a estabilização, as pessoas voltaram às ruas da cidade e se tornaram vetores
Com a estabilização, as pessoas voltaram às ruas da cidade e se tornaram vetores (Rua Grande)

São Luís – De acordo com o boletim diário da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o número de testes positivos para a Covid-19, no Maranhão, é maior em pessoas que possuem entre 30 e 49 anos, são 68.603 pessoas infectadas, o que equivale a 37,5% dos 182.483 maranhenses acometidos pela doença. O número chama atenção, já que com a flexibilização, essa faixa etária voltou às ruas da cidade, e se tornou um vetor de transmissão para aqueles que ainda estão em isolamento social.

Em contrapartida, essa faixa etária representa apenas 8% do total de óbitos registrados no Maranhão, enquanto as pessoas de 70 anos ou mais registram 56,2% das 3.960 mortes no estado. “Todos os infectados transmitem a infecção. Como os mais jovens são a maior parte da população eles são os maiores transmissores. E os mais idosos têm maior mortalidade pela Covid-19 por terem mais comorbidades e pela maior debilidade do sistema imunológico”, comentou o professor Antônio Augusto de Moura da Silva, do Departamento de Saúde Pública da UFMA.

Comorbidades
O percentual de óbitos por comorbidades no Maranhão é de 86%, ou seja, 3.324 mortes causadas em decorrência de uma doença preexistente no infectado pela Covid-19. Já as pessoas sem comorbidades que morrem pelo coronavírus são 16% do total.

Hipertensão arterial aparece no topo como maior causa de mortes, 2.130 pessoas faleceram pela doença. Em segundo lugar vem a diabetes mellitus com 1.513, algumas comorbidades não foram idem ticadas, mais precisamente 505 casos. Na sequência aparece cardiopatia (491), neurológico (222), doença renal crônica (225), obesidade (158), oncológico (138), e pneumopatia (77).

Leitos
O número de leitos no estado também está estabilizado, levando-se em consideração o último boletim da SES de quarta-feira, 21, a taxa de ocupação de leitos de UTI na Grande Ilha não ultrapassou os 35%, e a taxa de ocupação de leitos clínicos ficou em 31%.

Em imperatriz a situação também está controlada, apenas 46% dos leitos de UTI estão ocupados, já os leitos clínicos estão com 25% de ocupação. Nas demais regiões do Maranhão, os números são ainda mais baixos, para leitos de UTI a taxa de ocupação está em 24%, para leitos clínicos o número fica em 13%.

Em nota, a SES informou que a Grande Ilha apresenta há alguns meses estabilidade no número de novos casos, com queda significativa após o período de lockdown. “A consequência do cenário estável se deve, sobretudo, aos investimentos do Governo do Maranhão com a formatação de uma ampla rede de unidades para assistência aos pacientes da Grande Ilha, isto é, desde as Unidades de Pronto Atendimento exclusivas aos casos de síndrome gripal, criação de ambulatório para atendimento aos casos leves, até implantação de uma rede hospitalar”, completou.

Apenas quatro hospitais ainda permanecem com atendimento de casos da Covid-19, são eles: Hospital Dr. Carlos Macieira, Hospital de Cuidados Intensivos, Hospital Dr. Genésio Rêgo e Hospital Raimundo Lima. Estes últimos inaugurados durante a pandemia.

“A SES relembra, também, que abriu dois Centros de Testagem na capital, no início da pandemia, bem como recentemente ofertou o sistema de testagem em Drive Thru e continua com a testagem de casos suspeitos nas unidades de saúde e no ambulatório instalado no Hospital de Cuidados Intensivos, no bairro do Bequimão”, afirmou a secretaria.

SAIBA MAIS

Inquérito Sorológico

A SES ressalta que está em curso a segunda fase do inquérito sorológico no Maranhão, com entrevistas e testagem na capital e interior do estado. O objetivo é conhecer o percentual de maranhenses com prevalência de anticorpos para a Covid-19. Na primeira etapa do inquérito, muito se falou sobre a imunidade de rebanho, e de acordo com estudiosos, o número ideal para essa imunidade é de 70%. No momento, o Maranhão estima apenas 40% de pessoas com anticorpos para a SARS-Cov-2, a grande ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, e Raposa), é de 38,9%. A Imunidade coletiva, popularmente conhecida como “imunidade de rebanho”, é o conceito criado por imunologistas para calcular quantas pessoas numa população precisam estar imunes a um agente infeccioso para que ele não atinja indivíduos vulneráveis. A ideia é simples: quanto mais pessoas vacinadas, menos pessoas doentes, menos vírus circulando.

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