São Luís - Uma das medidas para conter a proliferação da Covid-19 é evitar aglomeração de pessoas. Mas, a maior parte da população da Grande Ilha precisa de coletivos e do transporte alternativo para a sua locomoção, o que acaba gerando a formação de aglomerações em paradas e dentro dos veículos. Para reduzir a possibilidade de infecção e contágio, o uso da máscara de proteção é imprescindível e deve ser cobrada nesse tipo de transporte.

“Apenas aceitamos passageiros com máscara, e devem passar álcool gel nas mãos”, afirmou o motorista de táxi-lotação - o popular carrinho -, Ivanilton Silva, de 40 anos. Ele faz parte de uma cooperativa com 60 veículos cadastrados e todos os motoristas adotaram medidas sanitárias durante o período de pandemia, mesmo perdendo lucro.

Ivanilton Silva disse que no decorrer do pico da doença, apenas três passageiros eram transportados no carrinho, um no carona e outros dois no banco traseiro. No momento, três passageiros estão sendo transportados no banco traseiro, mas sempre usando máscara de proteção e álcool gel.

Givaldo Coraci, de 53 anos, que também é motorista de carrinho, lembrou que por causa da pandemia, até mesmo a quantidade de viagens diminuiu. Anteriormente, fazia sete a oito viagens por dia, tendo como trajeto área da Bacanga ao Centro, mas, no momento, apenas cinco viagens. “A quantidade de passageiros diminuiu nos últimos meses e, consequentemente, o lucro e o número de viagens”, lamentou o motorista.

Lotação
Maria Santos, de 47 anos, que reside na Vila São Luís, reclamou que o transporte público para a área onde mora é difícil e por isso utiliza com certa frequência o táxi-lotação. Nos últimos meses, ao entrar no veículo, ela toma as devidas precauções, principalmente com o uso do álcool.

Raimundo Pereira, de 34 anos, contou que sempre que vai ao centro da cidade utiliza o serviço do táxi-lotação. “Moro na Vila Embratel, então, é mais rápido pegar o transporte alternativo. Devemos apenas seguir as normas sanitárias para evitar o coronavírus”, disse.

Claudiane Ramos, de 19 anos, sempre tem o álcool gel na bolsa e quando entra no carrinho, faz logo a higienização. “A pessoa deve ter a consciência de que enquanto não chegar a vacina é necessário o uso da máscara e do álcool”, alertou.

Márcia Almeida, de 35 anos, deixou de usar o carrinho, por causa da lotação. “Parei de utilizar o transporte alternativo e ando de coletivo, mas não estão lotando e sempre usando máscara e o álcool em gel”, frisou.

Também Marcos Brito, de 65 anos, está evitando andar de carrinho. Ele disse que por fazer parte do grupo de risco e com receio de contrair a doença, acabou deixando de usar esse tipo de transporte. “Devemos evitar ao máximo o contato direto com as pessoas, então, estou evitando andar em veículos com várias pessoas”, frisou.

A Vigilância Sanitária, com apoio da Polícia Militar, tem realizado um trabalho de fiscalização em vários pontos da Grande Ilha, como forma de conter a proliferação da Covid-19, mas a assessoria de comunicação do Governo informou ontem, por meio de ontem, que a fiscalização em relação ao carrinho cabe aos municípios.

SAIBA MAIS

Cuidados com a utilização do veículo no período da Covid-19

• Limpe o painel, volante, câmbio e outras superfícies com álcool 70%: esses componentes são os que mais estão em contato com os motoristas durante os trajetos.
• Higienize as mãos toda vez que entrar e sair do carro: a principal recomendação dos órgãos de saúde em relação à prevenção à Covid-19 é higienizar bem as mãos. Na impossibilidade de usar água e sabão, o álcool gel pode ser uma boa alternativa.
• Evite ligar o ar-condicionado: Deixar o ar circular dentro do carro é a melhor alternativa.
• Evite colocar compras nos bancos traseiros e prefira o porta-malas: como as compras podem ter saído de lugares pouco higienizados, não é indicado que elas fiquem em locais que podem ter contato direto com usuários do veículos.
• Evite colocar as mãos nos olhos, boca e nariz ao utilizar o veículo: mesmo com todos os cuidados de higienização, é preciso redobrar os cuidados nesta época. Por isso, a recomendação é evitar, ao máximo tocar o rosto enquanto dirige.

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