Jhonata Costa Leite, criança admiradora da Polícia Militar

Uma declaração de amor à Polícia Militar

Ele tinha um sonho de festejar o aniversário com a temática policial e realizou

Ismael Araújo/Da equipe de O Estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Festa contou com a presença de policiais
Festa contou com a presença de policiais (FAMILIA JHON JHON)

SÃO LUÍS-Jhonata Costa Leite, o Jhon Jhon, que tem paralisia cerebral, ganhou tudo o que tinha direito na sua festa de aniversário: bolo personalizado, decoração temática, brigadeiros, salgadinhos, muitos mimos, presença de militares e, inclusive, estava fardado. Ele e os seus convidados ainda tiveram o “gostinho” de presenciar a chegada de policiais em grande estilo, com direito à sirene e giroflex. A comemoração aconteceu na residência dele, na noite do último dia 8, data em que completou 12 anos de vida.

A mãe de Jhon Jhon, Nery Lette Pacheco Costa Leite, de 48 anos, disse que apesar do filho apresentar paralisia cerebral, conseguiu desenvolver a sua própria linguagem e sabe demonstrar para os outros os seus gostos e vontades. “Ele sabe dizer o que gosta e sente. Nós, da família, conseguimos entender”, frisou Nery Leite.

Ela contou que o filho se apaixonou pela polícia militar antes dos 10 anos, quando começou a assistir programas televisivos de cunho policial e sempre abria um sorriso ao ver um policial fardado, principalmente, os seus tios e primos, que fazem parte da corporação

Nery Leite disse que Jhon Jhon gritou e abriu um largo sorriso quando falou que estava pretendo fazer o aniversário dele tendo como temática a Polícia Militar, tanto com o objetivo de agradar ao filho, como uma forma de homenagear a corporação militar que está na rua de forma diária para proporcionar a segurança pública. “Como ele ama muito, veio a ideia de adotar a polícia como tema da festa de aniversário”, frisou a mãe de Jhon Jhon..

Preparação
Nery Leite disse que contou com a ajuda dos familiares e amigos para preparar o aniversário do filho. O custo financeiro foi dela e do esposo, Reginaldo Silva, de 39 anos. A farda militar do pequeno Jhon Jhon foi feita pela avó materna, Maria Fausta Costa, e pela tia, Cláudia Regina Sousa.

A decoração, as lembrancinhas, o bolo temático e até mesmo a limpeza do local da festa foram tarefas das tias e das primas. A mãe da criança também afirmou que a organização do evento teve ajuda do primo do aniversariante, o soldado Ferreira.

Ele conseguiu acionar os militares para a festa de 12 anos de Jhon Jhon. O soldado Ferreira disse que solicitou os “colegas” de farda para o seu comandante de batalhão, major Serra, que se mostrou sensível à iniciativa. “Os militares não estão na rua somente para realizar o policiamento ostensivo, mas, também, desenvolvem uma politica humanizada e social, principalmente, para aproximar a população da polícia”, explicou o militar.
No dia do evento, o pequeno Jhon Jhon estava fardado, inclusive, de boina, na companhia de seus convidados, quando as viaturas chegaram à residência, na Vila dos Nobres, com a sirene e o giroflex ligados. Nery Leite disse que o filho era só alegria. “Quando olhou a viatura, ele começou a gritar e queria ser abraçados pelos militares”, declarou.

Ela também contou que os militares participaram dos “parabéns a você” e o primeiro pedaço do bolo, o aniversariante acabou dando para um dos militares. “A gente pergunta para quem vai dar o primeiro pedaço do bolo e sempre ele olha ou aponta a pessoa. Neste ano, Jhon Jhon olhou diretamente para um dos militares”, contou a mãe da criança.

O pai de Jhon Jhon, Reginaldo Silva, disse que tem só a agradecer a todos aqueles que ajudaram a fazer a festa do filho, principalmente, a Polícia Militar. “Tenho certeza que essa festa vai ficar guardada no coração e na mente de Jhon Jhon”, enfatizou.

Nascimento
Nery Leite informou que Jhon Jhon nasceu de oito meses. Na tarde do dia 7 de outubro de 2008, ela começou a sentir as primeiras dores do parto quando ainda estava no serviço, no São Francisco. Ela deu entrada em uma maternidade, na capital, durante o período da noite e na madrugada do dia seguinte, a bolsa estourou.

Somente às 11h do dia 8 de outubro, Nery Leite foi levada para a sala de cirurgia. Ela afirmou que quando Jhon Jhon nasceu, não chorou e apenas teve o contato com a criança horas depois. “Eu estranhei, porque, toda criança chora quando nasce. A enfermeira, após de algumas horas, disse que no momento do parto houve um problema de oxigenação”, explicou a mãe.

Ainda segundo Nery Leite, seu filho ficou internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) dessa maternidade por um período de 20 dias e ao ter alta foi informada por um médico que a criança tinha paralisia cerebral, mas teria uma vida normal. Mas, no momento, tinha várias deficiências, como na fala, postura e até mesmo na mastigação. “Após cinco meses de vida, o meu filho teve várias crises convulsivas, mas, soube agir perfeitamente devido eu ter experiência na área de saúde, pois sou auxiliar de enfermagem”, afirmou Nery Leite.

Ela também afirmou que, no momento, sua luta é para que o filho possa voltar a ter um tratamento de saúde, principalmente, tendo acompanhamento de fonoaudiólogo e terapeutas. “O Jhon Jhon é uma criança muito inteligente, esperta e ama viver, e tendo acompanhamento de saúde ideal, ele vai longe”, finalizou.l

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.