Sabatina O Estado/Imirante

Franklin questiona LRF e diz que há espaço para concurso em SL

Candidato do PSOL também propôs a extinção de 12 secretarias - com criação de quatro novas - e teceu críticas a adversários que usaram mulheres como vice por marketing eleitoral

Gilberto Léda

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(Franklin Douglas)

SÃO LUÍS - O candidato do PSOL à Prefeitura de São Luís, professor Franklin Douglas, afirmou na sexta-feira, 16, durante participação na Sabatina O Estado/Imirante, que há espaço no orçamento da capital para a realização de concurso público.

Segundo ele, a contratação de mais pessoal como forma de gerar emprego e renda ocorreria a partir de ajustes na máquina pública e da valorização de quem efetivamente trabalha, mesmo sendo comissionado ou serviço prestado.

Douglas declarou que não demitirá quem trabalha, mas afirmou que há muitos casos de servidores comissionados, ou serviços prestados, que não trabalham. “Há muitos 'de h’”, frisou.

Para o psolista, é necessário questionar Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) quando se fala de contratação de mais servidores. E citou “propostas falaciosas” dos demais candidatos sobre o tema e disse, que, inicialmente, se eleito, atenderá o que diz a legislação, mas com a garantia de que a discutirá no futuro.;

“Dá pra fazer [concurso público], a questão é de decisão política”, reforçou, acrescentando que “o grupo político que administra São Luís não tem estratégia”.

“Eu sei o que fazer com o seu voto quando chegar à Prefeitura de São Luís”, completou o candidato, ressaltando que a “obsessão da gestão do PSOL” será gerar mais empregos.

Máquina – Ainda durante a sabatina, Franklin Douglas anunciou que, se eleito, vai criar quatro secretarias, mas extinguir outras 12 pastas. “Há secretarias que se superpõem”, afirma.

Ele pontuou que vai extinguir, por exemplo, a Secretaria do Orçamento Participativo. “Orçamento Participativo será dirigido pelo vice-prefeito. O vice será um coprefeito”, comentou. O candidato também apontou a necessidade de extinção da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico.

Além disso, o psolista defendeu a cobrança de tributos “de quem não paga” e a instituição de uma cobrança progressiva do IPTU.

“O 1% mais rico da cidade tem que pagar mais, porque tem mais riquezas, para que as políticas aconteçam aos 99% mais pobres, que não têm acesso às políticas públicas”, destacou.


Mais

Franklin Douglas também afirmou que, se eleito, proporá à Câmara Municipal a aprovação de uma redução do salário do prefeito para o mesmo valor do salário do professor. “O prefeito de São Luís é o segundo maior salário de capital do Brasil: R$ 25 mil por mês. Não precisa disso”, comentou. O candidato quer, ainda, redução de 30% de “supersalários”.


Candidato critica ausência de mulheres na disputa

Em determinado trecho da Sabatina O Estado/Imirante, Franklin Douglas comentou o fato de a disputa pela Prefeitura de São Luís não contar com nenhuma mulher. E também exaltou sua chapa “100% negra”, destacando que a capital nunca teve um prefeito negro - e apenas três mulheres.

Ele criticou os candidatos que indicaram mulheres como candidatas a vice. Para ele, foi estratégia de marketing.

“Não adianta, agora, colocar mulher como vice, botar mulher como empoderada, como fortalecida, por uma estratégia de marketing”, afirmou.

O candidato explicou, ainda, por que o PSOL não lançou uma mulher como candidata a prefeita.

“Nossas mulheres no PSOL não se colocaram como nossa vice porque reforçaram a ideia da chapa 100% negra, comigo e com o Arouche, porque priorizamos as nossas mulheres negras para eleger para a Câmara de Vereadores. Então, são companheiras que nós estamos jogando todo o peso para elegê-las. Têm mais recursos, têm mais tempo de televisão, nas inserções”, completou.

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