Artigo

18 de outubro, Dia do Médico

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Hoje é um dia muito especial para os médicos e médicas do Brasil. Este dia é importante por proporcionar, frente a atores destacados da cena pública nacional e internacional, a reafirmação do nosso compromisso com o ser humano. Assim, onde estiver o ser humano, ali estaremos nós, não apenas como espectadores do drama humano, mas sempre como atores dispostos a transformar a realidade adversa e a contribuir para a sua redenção. Este é o nosso destino histórico e nada nos afastará dele.

Ficamos a imaginar quantas vidas já foram e vêm sendo salvas há milênios pela laboriosa dedicação dos que abraçaram a medicina. Pensamos em quantas novas vidas foram trazidas a este nosso mundo, por estas mãos hábeis e calejadas pelo exercício diuturno da arte hipocrática. Imaginamos quantos sorrisos retomaram em rostos sofridos, quantas feridas foram curadas ao longo de todos esses anos. Se possível fosse contabilizar todo o bem que fizeram, com certeza a dívida da humanidade para com os médicos e médicas seria incalculável e impagável.

A tecnologia transformou o mundo e a medicina não ficou atrás. Novos métodos, novos equipamentos, novos medicamentos, quantas coisas surgiram para aprimorar a arte de diagnosticar e de curar. Não há como negar tudo isso. Médicos que, sem perder de vista a importância da atualização, do conhecimento e do domínio das novas técnicas e formas terapêuticas, preservam a essência da medicina que é o saudável relacionamento médico-paciente. Como é agradável poder trocar ideias, descobrir as angústias e necessidades do paciente que nos procura repleto de esperanças e confiança. Afinal, como nos ensinou Hipócrates, o pai da medicina (470 a 360 a.C.), não é nossa função salvar vidas sempre, mas sempre, aliviar e consolar.

A medicina que se iniciou somática evoluiu para a psicossomática, ao compreender a limitação de conceitos e condutas, que somente privilegiavam órgãos ou compartimentos anatômicos isolados e descobriu-se que a mente era responsável por grande parte dos males do corpo. Freud, Adler, Melaine Klein, quantos não contribuíram decisivamente para que se descortinasse um novo campo para a assistência médica.

Os confrades e confreiras que integram a Academia Maranhense de Medicina são exemplos de lídimes defensores do ideário médico, expresso nos postulados ético, social, humanístico e médico-científico, traduzidos em conhecimentos e na prática profissional, um espelho em que as novas gerações de médicos devem se inspirar. Aqueles que já partiram, deixaram sua história como exemplo. Os que ainda continuam a exercer a medicina continuam escrevendo sua história. Queremos agradecer-lhes e homenageá-los pelo muito que fizeram e estão fazendo pela arte e pela ciência de Hipócrates.

Louvamos a Deus, pela existência dos médicos e médicas, e lhe pedimos que em sua bondade e misericórdia, derrame sobre todos, assim como sobre seus familiares, as bênçãos e graças de que são, sem qualquer sombra de dúvida, merecedores. Salve o Dia do Médico!

José Márcio Soares Leite

Médico, Professor Doutor em Ciências da Saúde, coordenador do Curso de Medicina do UNICEUMA, presidente da Academia Maranhense de Medicina e Membro da AMC, do IHGM, da APLAC, da SBHM e da FBAM

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