Sétima Arte

Mulheres têm destaque no Festival Guarnicê de Cinema

Mostra Especial Mulheres, do Festival Guarnicê de Cinema, disponibiliza produções de realizadoras brasileiras de forma on-line

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Cena do curta-metragem "Carnavalha"
Cena do curta-metragem "Carnavalha" (carnavalha)

São Luís - Segue até o dia 21 deste mês a 43ª edição do Festival Guarnicê de Cinema que este ano, por conta da pandemia, disponibiliza a maior parte de sua programação on-line. É assim com a mostra especial Mulheres que exibe produções de realizadoras do Maranhão e de outras partes do Brasil. As exibições ocorrem na plataforma de streaming (guarnice.ufma.br). Integram a mostra os filmes “As mil mulheres”, de Rita Toledo; “Carnavalha”, de Áurea Maranhão e Ramusyo Brasil; “Mulheres Xavantes Coletoras de Sementes”, de Danielle Bertolini; “O Homem Que Ri”, de Rose Panet; “Amores de Chumbo”, de Tuca Siqueira; e “Alfazema”, de Sabrina Fidalgo.

O filme “As Mil Mulheres” está disponível para o público até amanhã. A produção nasceu de uma chamada on-line internacional que convocou artistas a apresentarem propostas de trabalho inspiradas por histórias de outras mulheres. Quatro artistas - Ana Luisa Santos (Brasil), Bia Ferreira (Brasil), Florencia Duran (Uruguai) e Lena Chen (EUA) foram selecionadas. As filmagens acompanharam o processo de trabalho de cada uma delas ao produzirem suas obras para o filme. Entre escolhas, reflexões, falhas e acertos, elas revelam como conectam seu universo interior às questões do mundo à sua volta. Entrelaçando arte e ativismo, o documentário lança luz às diversas faces do feminismo hoje.

A produção maranhense “Carnavalha” pode ser assistida até o último dia do festival. Com direção de Áurea Maranhão e Ramusyo Brasil, o filme é um curta-metragem que traz a história de Carlos, um prodígio compositor, publicitário e fundador do mais conhecido bloco de rua do Rio de Janeiro que está trancado em seu apartamento. O Carnaval pulsa na frente de sua porta, contudo, ele permanece inerte, à deriva dentro de sua própria solidão, afogado por uma depressão profunda. É neste mesmo ambiente que esta Luiza, sua namorada, que já no limite de suas forças tenta reacender a paixão do compositor pela festa. Ao longo da trama, Luiza percebe a inutilidade de suas ações e a urgência de se libertar de uma relação doentia, da qual, ela sempre foi coadjuvante. É dentro do apartamento que o casal se depara com um Carnaval esvaziado, impregnado por um excesso de imagens publicitárias que os distanciam de suas potências.

Já o trabalho das mulheres xavante é retratado no curta “Pt_Pi'õ Rómnha Ma'ubumrõi'wa - Mulheres Xavantes Coletoras de Sementes” que aborda ainda o protagonismo da cacica Carol Rewaptu, primeira mulher a se tornar cacica na etnia Xavante. O filme pode ser visto também até o dia 21 deste mês. Até a mesma data estará disponível “O Homem que Ri”, que traz a história de dois personagens de filmes diferentes que caem da tela do cinema. A partir daí travam um diálogo questionando o passado, o presente e o futuro numa relação com a consciência política, a reação cidadã do homem que não vê ou só vê o que quer e assim prefere apenas rir.

Amor
“Amores de Chumbo” trata de um triângulo amoroso, questionando o limite de cada um diante de segredos e paixões interrompidas. Quarenta anos separam Maria Eugênia, escritora pernambucana radicada na França, do casal Miguel e Lúcia que acabam de comemorar união de quatro décadas. O retorno de Maria Eugênia suscita dúvidas e desconfianças há muito tempo guardadas. Miguel, professor de sociologia e ex-preso político, deseja encarar a verdade e Lúcia, parceira de vida que se dedicou a tirá-lo da prisão, quer fugir dela. É pelo ponto de vista desses três personagens centrais que se passa a história política e social da época de chumbo. A produção estará no ar até domingo (18). Já “Alfazema”, que aborda o dilema de Flaviana que deseja se livrar do amante que se recusa a sair de seu chuveiro pode ser assistido até terça (20).

A programação do Guarnicê 2020 inclui ainda as mostras competitivas nacional e maranhense, mostra Othon Bastos, Cinema não tem Idade, AP43 e da Escola de Cinema do Iema. Além disso, o festival tem ações formativas compostas por oficinas, webnarios e masterclass que ocorrem com transmissão pelo Youtube.

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