Eleições 2020

Yglésio quer combate à sonegação fiscal para aumentar arrecadação

Durante participação no programa Sabatina O Estado/Imirante, candidato do Pros apontou possíveis saídas para problemas de orçamento em São Luís

Gilberto Léda/ Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Candidato do Pros, Yglésio Moyses, disse que combatendo a sonegação haverá maior arrecadação em SL
Candidato do Pros, Yglésio Moyses, disse que combatendo a sonegação haverá maior arrecadação em SL (Kethlen Mata)

O candidato a prefeito de São Luís pelo Pros, deputado estadual Yglésio Moyses, foi o participante de ontem da Sabatina O Estado/Imirante. Durante uma hora de entrevista com os jornalistas Carla Lima, editora de Política de O Estado, e Thiago Bastos (O Estado) e Luciano Dias (Imirante), ele destacou propostas nas áreas de Esporte, Saúde, Segurança e Administração Pública - temas sorteados ao vivo -, e fez uma ousada proposta de combate à sonegação fiscal na capital.

Segundo o candidato, apenas 200 empresas pagam 70% de toda a arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) na cidade, e há muita sonegação.

Yglésio propôs, então, a implantação de um posto de arrecadação da Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz) no Porto do Itaqui. "Vou atrás dos centavos que saem dali", disse. Segundo ele, isso pode proporcionar um incremento da ordem de 15% na arrecadação de ISS pelo Município.

De acordo com o candidato, também é importante descobrir quem são os grandes devedores de tributos da capital maranhense e cobrar essas dívidas de impostos.

A pressão sobre grandes sonegadores, de acordo com o parlamentar, tem como foco a garantia de isenções para microempreendedores individuais, os MEIs.

Yglésio afirma que, se eleito, isentará esses pequenos empreendedores de impostos municipais, já que a arrecadação com esses contribuintes não passa de R$ 300 mil anuais ao município, aproximadamente. "Isso é irrisório para o município", disse.

O candidato disse, ainda, que, como há muitos trabalhadores informais em São Luís, a Prefeitura já não arrecada mesmo esses impostos. Assim, se houver isenção o município segue sem a arrecadação do tributo, mas consegue a legalização de trabalhadores, gerando justiça fiscal.

Máquina

Perguntado sobre como gerir uma inchada máquina pública - na qual só o pagamento de folha de pessoal consome praticamente metade do orçamento anual -, Yglésio pontuou que, em sua visão, o tamanho da máquina pública, hoje, é suficiente, "com um pouco de esforço", para suprir o que a cidade precisa.

Ele defende, contudo, ajustes para reduzir a burocracia e aponta como exemplo o caso da Secretaria Municipal de Governo (Semgov), que era apenas um órgão de segundo escalão há algumas décadas, passando ao primeiro escalão mais recentemente e consumindo maior fatia do orçamento para entregar o mesmo resultado.

"É uma aberração”, afirmou ele, pontuando que, por conta "da forma como processo eleitoral se dá em São Luís", o prefeito Edivaldo Júnior não conseguiu enxugar essa estrutura como deveria. "Só uma secretaria dessa custa R$ 72 milhões por ano", completou, prometendo cortar, se eleito, pelo menos R$ 36 milhões desse gasto.

"Não tenho preocupação de acomodar vereador no meu projeto de prefeitura", acrescentou.

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