Alimentação

Saiba como lidar com a fome emocional noturna

A compulsão por comida, principalmente à noite, pode ser um distúrbio desencadeado pela inquietação mental provocada pelo estresse e até mesmo pelo longo período de isolamento social

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Comer por impulso pode ser sinal de ansiedade
Comer por impulso pode ser sinal de ansiedade (alimentação)

SÃO PAULO- Um estudo feito pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) indicou um salto de 8,7% para 14,9% de brasileiros com quadros de ansiedade desde o início da quarentena. A especialista em emagrecimento Edivana Poltronieri, explica que a inquietação mental pode desencadear outros distúrbios, como a compulsão por comida, principalmente à noite. Entenda como identificar e tratar o problema.

Se a fome surge após pouco tempo da última refeição, pode ser que a comida esteja sendo um escape para a ansiedade. “Enquanto a fome fisiológica acaba logo após a refeição, a fome emocional é ligada a sentimentos provocados pelo excesso de ansiedade e estresse, com curta duração de saciedade”, explica a especialista, que reitera o momento de isolamento social como um agravante para a falta de controle alimentar.

É importante fazer ajustes na alimentação noturna. Alguns alimentos podem prejudicar uma boa noite de sono, como o excesso de carboidrato. “Dê preferência por pratos mais leves com leguminosas, proteína, pouco carboidrato e vegetais, e sempre em porções menores. Se possível, invista em carnes magras ou um lanche natural”, sugere a especialista.

Poltronieri destaca a importância de uma boa programação na rotina alimentar, como separar um dia apenas para preparar todas as refeições da semana. “Na correria do dia a dia muitos não têm tempo para comer direito, então a melhor maneira para evitar isso é se planejar. A minha sugestão é aproveitar marmitas pequenas para preparar porções menores especialmente para o momento da janta e, sempre que possível, indico uma alimentação balanceada ao longo do dia para diminuir a fome à noite”, explica.

Escolhas
Para quem está em home office, Poltronieri pede atenção na hora das compras. “Alimentos industrializados e nada nutritivos parecem ser mais práticos e baratos, mas são inimigos do organismo, como salgadinhos, doces, refrigerantes. O termômetro para saber se está comprando corretamente é, ao abrir o armário ou a geladeira, ter o menor número de alimentos em embalados possível. Isso é sinal de que frutas, legumes, proteínas, cereais e leguminosas estão ganhando mais espaço na despensa”, ensina.

“A fome emocional está relacionada com gatilhos, como extrema tristeza ou felicidade. Nesse caso, tente fazer outras atividades, principalmente no momento em que esses sentimentos costumam ser mais aflorados, como ver uma série, ler, escrever, pintar. Procure alternativas que também vão dar prazer para substituir a vontade de comer”, diz.

Saiba mais

Comer para aliviar estresse ou sentimentos ruins;

Não conseguir controlar o impulso de comer;

Fome repentina diante de alguma situação difícil.;

Comer sem ter fome física;

Vontade de comer alimentos específicos;

Ansiedade para comer.

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