Entrevista

Braide "mira" eleitor em Sabatina e diz que vai buscar diálogo com Dino

Estratégia do candidato foi a de, em várias intervenções, dirigir discurso às camadas mais carentes; ao se posicionar sobre o âmbito político, ele disse que seu "padrinho" é a população

Thiago Bastos da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
(Eduardo Braide Sabatina O Estado)

SÃO LUÍS - O candidato do Podemos, Eduardo Braide, abriu ontem a segunda semana de entrevistas do programa Sabatina O Estado/Imirante. Ele adotou, em diversas respostas, a conduta de se referir diretamente à população, disse que o “seu padrinho político” é o povo e se colocou à disposição, caso eleito, de dialogar acerca de temas de relevância social com o Governo do Maranhão.

Mediada pela editora de Política de O Estado, Carla Lima, e com as participações dos jornalistas Ronaldo Rocha e Gilberto Léda, a edição da Sabatina se ateve aos assuntos sorteados. Ao responder sobre a segurança pública, Braide deu o tom do que seria sua apresentação, ao citar como “parceiro” para a execução de medidas no setor, o Executivo Estadual. “Vamos criar os postos avançados de segurança e por meio de parceria entre a Prefeitura de São Luís e o Governo do Maranhão principalmente com a cessão dos policiais militares”, afirmou.

Na Sabatina, o candidato também falou sobre cultura. Para Braide, é preciso criar políticas de incentivo das atividades que valorizem as manifestações típicas da cidade. "Você vai em Fortaleza e lá se fala da cultura local diariamente. É preciso trazer essa realidade para São Luís, com as pessoas tendo orgulho de sua cidade", disse.

Questionando sobre a previsão financeira para a Prefeitura no ano que vem, - ele detalhou o Orçamento previsto para 2021, de pouco mais de R$ 3 bilhões -, o candidato disse que, se vencer as eleições, antecipará as negociações com o Legislativo para ampliar os recursos e realizar remanejamentos no orçamento.

Sobre Educação, o candidato disse que é preciso fortalecer a estrutura das atuais unidades, valorizar os professores e incentivar as questões voltadas à segurança dos prédios em que as aulas serão executadas. Sobre a relação educação/pandemia, Braide disse que, se eleito, será possível a promoção de aulas híbridas, para evitar aglomerações.

No âmbito político, Braide admitiu contatos com parlamentares, como o Senador Roberto Rocha (PSDB), o deputado federal Pastor Gildenemyr (PL), Aluisio Mendes (PSC) e Edilázio Júnior (SD). “Não terei condições de destinar emendas, como faço na condição de deputado. Mas terei diálogo aberto com Brasília”, disse.

Respondendo acerca de como aglutinaria diferentes interesses partidários em seu governo, Braide flertou de forma mais contundente com a estratégia de massa, ao dizer que o “seu compromisso político é com a população de São Luís”.

Parcerias

Braide também falou de temas como saneamento básico e mobilidade urbana. A jornalista Carla Lima questionou o candidato acerca da passagem de Braide pela direção da Caema, alvo de adversários nas prévias e durante a campanha.

Ao se defender das acusações de problemas administrativas em sua gestão, Braide citou medidas como o “Água em Minha Casa” que, segundo o candidato, beneficia mais de 100 municípios, além de promoção de concurso público.

Ele aproveitou o tema para “alfinetar” outros candidatos. Segundo ele, a atual gestão do serviço – que registra índices altos de poluição na orla da Ilha – não recebe o mesmo tratamento crítico dos atuais aliados do Governo do Maranhão. “Nenhum adversário agora cobra a melhoria nas praias de São Luís”, afirmou.

Braide defendeu ainda uma possível minirreforma administrativa em seu governo, caso eleito. Ele confirmou as criações da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, da Agência de Desenvolvimento Econômico de São Luís e Subprefeitura da Zona Rural e não descartou a unificação de pastas já existentes.

Braide admitiu ouvir todos os partidos em um futuro governo

Eduardo Braide, ao ser questionado acerca de sua conduta política em um futuro mandato à frente da Prefeitura, se eleito, disse que admitiria ouvir a qualquer partido. Ele afirmou ainda que aceitaria ouvir indicações de gestores para cargos, desde que estes comprovassem habilitação técnica.

Em praticamente toda a entrevista, Braide evitou críticas mais ásperas à atual gestão municipal.

Quando falou sobre transporte, por exemplo, o candidato não citou rompimento de “contrato” e disse que modificaria os critérios de aplicação das obrigações previstas na licitação pelas empresas.

O candidato não descartou ainda parcerias público-privadas para execução de obras de saneamento básico.

Frase

“Meu compromisso político é com a população de São Luís”

Eduardo Braide (Podemos), candidato a prefeito de São Luís

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