Cerco

Agente penitenciária está entre os dez presos na Operação Hémera

Cerco foi realizado pela Senarc e, segundo a polícia, a servidora pública facilitava a entrada de droga e celulares em Pedrinhas e em troca recebia dinheiro de faccionados e custodiados

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Operação Hémera aconteceu em São Luís e teve resultados satisfatórios
Operação Hémera aconteceu em São Luís e teve resultados satisfatórios (Operação Hémera Senarc)

São Luís - Dez pessoas presas, 13 mandados de busca e apreensão cumpridos, apreensão de drogas e uma pistola municiada, durante a Operação Hémera, realizada ontem pela Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc). Entre os detidos há uma agente penitenciária e um ex-auxiliar penitenciário, segundo a polícia, acusados de facilitar a entrada de entorpecente e celulares no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

O delegado Breno Galdino, superintendente da Senarc, informou que a polícia vinha investigando essa empreitada criminosa há um ano e constatou que havia a participação da agente penitenciária, servidores temporários e custodiados de Pedrinhas.

Ainda de acordo com o delegado, a policial penal e os servidores temporários recebiam dinheiro de presidiários e dos faccionados para facilitar a entrada de celulares e entorpecente no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Na maioria das vezes, o dinheiro era depositado na conta da agente penitenciária ou na conta de terceiros.

A polícia identificou 13 pessoas participando dessa empreitada criminosa e era feita, pelo menos, uma vez por semana. Foi solicitada a ordem de prisão dos acusados ao Poder Judiciário e ontem cumprido durante a operação realizada na Grande Ilha. “Três mandados de prisão foram cumpridos dentro de Pedrinhas”, frisou o delegado.

Todos os detidos primeiramente foram levados para a sede da Senarc, localizada no Bairro de Fátima, onde prestaram esclarecimentos sobre o caso e logo após encaminhados para Pedrinhas, onde responderão por tráfico de droga e associação criminosa. Enquanto a agente penitenciária e o ex-servidor da Secretaria Estadual de Administração Penitenciário (Seap) também foram autuados por corrupção ativa.

Prisão
O agente penitenciário temporário Henry Anthonny Almeida, de 36 anos, foi preso em flagrante, no dia 2 do mês passado, segundo a polícia, quando tentava entrar com cocaína, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

De acordo com a Seap, a prisão ocorreu no momento da revista pessoal, quando o servidor temporário assumiria seu posto de trabalho. Ao ser constatado o flagrante, Herny Almeida foi encaminhado à delegacia para os procedimentos legais. A Seap também informou que o agente já vinha sendo investigado pela segurança interna em apuração de denúncias. Ressaltou também que todas as medidas administrativas cabíveis estão sendo tomadas sobre o caso.

Expurgo
Cerca de 90 quilos de drogas (maconha e crack) e uma espingarda foram apreendidas e quatro pessoas foram presas. Este foi o saldo da Operação Expurgo realizada ontem pelas Policias Militar e Civil na cidade de Açailândia.

A polícia informou que o objetivo desse cerco foi retirar os “cabeças” da comercialização de entorpecente em Açailândia e nas cidades adjacentes. Um total de quatro líderes do tráfico foram presos em sua residência e apreendidos mais de 80 quilos de maconha como também seis quilos de cocaína. Uma parte da droga estava dentro de sacolas.

Os policiais ainda encontraram uma espingarda calibre 28 e munições de calibres diversos. Todos os detidos e o material apreendido foram levados para a Delegacia Regional de Açailândia onde tomaram as devidas providências. As incursões vão continuar durante a semana para prenderem os outros envolvidos nessa ação criminosa.

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