Sem apoio

Suporte será zero, diz Sérgio Camargo sobre o Dia da Consciência Negra

Presidente da Fundação Palmares, que nega a existência do racismo no Brasil, fez uma série de publicações sobre as ações da instituição

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Jair Bolsonaro e Sérgio Camargo; presidente já demonstrou apoio a Camargo em diversas ações suas a frente da Fundação Palmares
Jair Bolsonaro e Sérgio Camargo; presidente já demonstrou apoio a Camargo em diversas ações suas a frente da Fundação Palmares (bolsonaro e sérgo camargo)

SÃO LUÍS- A Fundação Cultural Palmares, responsável pelo fomento da cultura afro-brasileira no País, não dará suporte ao Dia da Consciência Negra em 2020. A informação foi dada pelo presidente da entidade, Sergio Camargo, neste domingo, 04, em uma série de publicações em sua conta na rede social Twitter.

Em outras publicações, Sérgio Camargo disse que o racismo no Brasil era uma criação da esquerda. "Não usem as expressões "racismo do bem" e "ódio do bem". Usem racismo da esquerda e ódio da esquerda. É preciso nomear a fonte do mal de forma direta", disse ele

Em outra publicação, fez críticas aos governos de esquerda e destacou economia na atual gestão.

Na manhã deste domingo, o presidente da República, Jair Bolsonaro postou uma foto ao lado de Sérgio Camargo e do Deputado Federal, Helio Lopes, que foi feita no sábado em um churrasco no Palácio da Alvorada.

A Fundação Cultural Palmares foi criada pelo Governo Federal no dia 22 de agosto de 1988, a primeira instituição pública voltada para promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.

De acordo com as informações no site da Fundação: " Ao longo dos anos, a FCP tem trabalhado para promover uma política cultural igualitária e inclusiva, que contribua para a valorização da história e das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras como patrimônios nacionais".

O Dia da Consciência Negra foi instituído durante o governo Lula, através da Lei nº 10.639. A escolha da data é uma referência a morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes quilombolas do país. A data reúne diferentes ações de combate ao racismo e reacende o debate sobre a chegada dos negros ao país, a escravidão no Brasil e o racismo estrutural da sociedade.

Sergio Camargo, que já chamou o movimento negro de "escória maldita", tem uma gestão marcada por diversas polêmicas. No sábado (3), teceu outras críticas ao movimento negro em sua rede social. "O movimento negro não representa nenhum cidadão negro honrado do Brasil. Representa somente os pretos raivosos e vitimistas da esquerda, ínfima minoria", escreveu ele.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.