Dia Nacional da Abelha

Data que celebra à maior polinizadora do mundo alerta para extinção

Estudos indicam que diversas espécies estão desenvolvendo dependência por neonicotinóides, compostos quimicamente semelhantes à nicotina do cigarro, levando-as à morte

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Há perigo de extinção das abelhas por causa dos agrotóxicos
Há perigo de extinção das abelhas por causa dos agrotóxicos (abelhas)

RIO - Inseto de extrema importância econômica e ecológica, a abelha é responsável por 35% da produção agrícola global, bem como 85% das plantas selvagens, através da sua função como principal polinizadora no planeta. Diante da relevância, fica clara a importância de se ter um dia dedicado para sua proteção e conservação (3 de outubro, ontem), e levanta a discussão por alternativas para a convivência harmônica e sustentável com a agricultura e na proteção de seu papel essencial na biodiversidade.

As abelhas estão sumindo em todas as partes do mundo por ação de pesticidas e agrotóxicos nas plantações, perda de habitat e mudanças climáticas como o aquecimento global. Mas o problema vai muito além de seu desaparecimento. Essenciais para a polinização de frutas e vegetais usados na nossa alimentação, como tomate, berinjela, café e cacau, as abelhas estão desaparecendo do planeta - algumas espécies estão sob risco de extinção global.

O cenário é tão grave que organizações como a ONU já alertam para os riscos de escassez de alimentos por conta da mortalidade em massa de insetos polinizadores. No Brasil, a previsão é de que a população de abelhas e outros polinizadores diminua em 13% até 2050, segundo análise da Universidade de São Paulo.

Por conta do risco para as abelhas, o uso de algumas dessas substâncias está suspenso na União Europeia. No Brasil, infelizmente, esses venenos ainda são utilizados em larga escala nas plantações via pulverização aérea e terrestre. Isso tudo mesmo havendo pesquisas conectando o declínio de colônias de abelhas em São Paulo e Santa Catarina à aplicação de neonicotinóides e outros pesticidas.

"As abelhas são tão sensíveis à mudança climática que estudos já apontam que o aumento da temperatura média de 1.8 °C a 2.6 °C seria fatal para elas. A preservação das abelhas vai além da simples preservação de uma espécie, ela representa a preservação de todo um ecossistema", finaliza Rafael Zarvos, fundador da Oceano Gestão de Resíduos.

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